
Das mensagens atuais consta pela primeira vez o nome do repórter teuto-turco Deniz Yücel, que esteve um ano preso na Turquia, acusado de fazer propaganda para o Partido Popular do Curdistão (PKK), desencadeando uma crise diplomática entre Berlim e Ancara.Condenado à revelia na Turquia, mas de volta à Alemanha desde 2018, ele criticou a polícia por não informá-lo do incidente: "Acho inquietante só ter ficado dessas mensagens de ameaça através das pesquisas dos meus colegas do Die Welt", disse, referindo-se ao jornal para que trabalha.

No início de julho, o secretário Beuth declarou não poder descartar a possibilidade da existência de uma rede de extrema direita dentro da polícia estadual: "Espero da polícia de Hessen que empreenda todos os esforços para dispersar essa suspeita", comentou, e anunciou um catálogo de medidas que incluem a nomeação de um investigador especial para o caso. Na segunda-feira, a bancada estadual do A Esquerda organizou em Frankfurt uma manifestação contra a suposta presença ultradireitista no órgão de segurança.
Pelo menos desde 2018, mensagens contendo ameaças de violência e morte têm sido enviadas a políticos, celebridades e organizações judaicas da Alemanha. Investigadores deduziram que pelo menos três incidentes envolveram acesso ilícito a computadores da polícia, colocando a instituição sob foco negativo.
Segundo a emissora SWR, já em 2017 houve consultas irregulares de dados por dois agentes da lei de Hessen. Além disso, desde 2015 realizaram-se inquéritos contra 65 funcionárias e funcionários da polícia estadual por conexões com a cena radical de direita. Atualmente ainda estão em curso 35 processos, em 17 casos as investigações foram encerradas.
AV/afd,epd,dpa,ots/cp
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