
Normalmente, as pessoas escolhem se comunicar de forma passiva, quando pensam “Prefiro me calar senão vamos discutir, quero evitar conflitos.” Ou de forma agressiva, quando escolhem verbalizar palavras ao parceiro em momentos de raiva, se arrependendo depois. Diante dos tipos de comunicação existentes, a comunicação assertiva é a mais eficaz, mesmo assim, poucas pessoas são capazes de colocá-la em prática, principalmente quando inserida nas relações amorosas. Como podemos utilizá-la e qual o papel que você tem na sua convivência enquanto casal?
É importante começar com comportamentos como:
Expressar o que pensamos e sentimos: pode parecer simples, mas nos relacionamentos amorosos, raramente esses sentimentos são expressos, quando por exemplo, uma atitude incomoda o parceiro, este prefere se calar para fugir de atritos. É melhor não se calar e respeitosamente pedir para que o outro escute sua queixa, como uma oportunidade de amadurecer a comunicação entre vocês. Passar um tempo de qualidade com o outro: quantas horas no mês você passa assistindo TV ou maratonando a sua série favorita? Qual a proporção disso comparado ao tempo que você tem investido na sua relação, como chegar após um dia de trabalho e perguntar ao seu companheiro “Tá tudo bem com você? Como foi seu dia?” buscando saber o que ele tem passado, o que tem pensado... como as suas emoções estão.
Aprender a falar por nós mesmos: geralmente escolhemos culpar o outro quando discutimos com alguém ao invés de falar na primeira pessoa e admitir o que sentimos. Isso é um erro, aprender a falar na primeira pessoa nos ajuda a assumir a responsabilidade pelas nossas emoções e verbalizá-las de forma objetiva. Pode começar usando frases como “eu sinto...” ou “eu percebi...”.
Antes de agredir é melhor perguntar: quando recebemos uma crítica de quem amamos, podemos ficar tão chateados, reagindo com rispidez ou até mesmo agressividade. Ao invés de sermos tão reativos, poderíamos perguntar “Certo, como posso fazer diferente?” ou “Como isso poderia ser melhor?”. Pontuações como essas fazem parte da convivência entre duas pessoas com criações de vida diferentes.
Pensar na mensagem que quer dizer: e também na forma, sentir-se magoado ou agredido pode nos fazer querer revidar e magoar de volta o companheiro, por isso respire, se acalme e pense antes de falar. Não é preciso ter pressa. Frases como “Me sinto com a cabeça quente agora, podemos conversar sobre isso mais tarde ou amanhã?” são úteis para este momento.
Não acumular reclamações: faz parte da comunicação assertiva expressar o que nos incomoda no momento em que sentimos ou que ele acontecer e não em uma conversa em que o contexto seja outro. Civilizadamente, procure dizer “Sabe, eu não me senti bem hoje quando você fez/falou isso... eu me senti...” descreva e estará treinando sua comunicação, dando a oportunidade para que o outro treine também. Podendo assim, crescer e amadurecer juntos.
Você tem liberdade pra falar aquilo que você quer, pensa e sente ao seu parceiro? Se sente amado? Acha que tem a atenção que merece? Se não, é uma boa oportunidade para trabalhar a comunicação assertiva e o tempo de qualidade na sua relação, os benefícios são claros: mais intimidade, confiança e cumplicidade para qualquer casal.
Em um relacionamento, muitas vezes, o que morre não é o amor, mas a vontade e o interesse de se esforçar para amar o outro.
Marina Stech é psicóloga (CRP 18/05593) em Cuiabá/MT. Pós-graduanda em Terapia Cognitiva, atua com a abordagem Terapia Cognitivo-Comportamental e auxilia pessoas através de sua página profissional no Instagram. (Terapeuta para adolescentes, adultos e casais).
Instagram: @psicologia_sensata
E-mail: psimarinastech@gmail.com
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