
A Assembleia Legislativa do Pará iniciou sessões semi-presenciais a partir deste mês. Ouvidor geral do legislativo estadual, o deputado Raimundo Santos, do Patriota, informou que, além da produção de leis, foram criadas comissões de parlamentares para acompanhar o uso do dinheiro público no enfrentamento da pandemia e no auxílio à prestação de contas das prefeituras. "O Congresso Nacional inaugurou uma referência para todo o planeta quanto às sessões de modo remoto", destacou.
Raimundo Santos, que já foi deputado federal por três mandatos, defendeu mecanismos de maior participação popular mesmo diante do trabalho remoto dos parlamentos. "Por exemplo, aqui no meu estado, a comissão de finanças fez uma audiência pública com a participação do povo. Mas, apesar dos avanços, eles são embrionários. A transparência faz parte da democracia participativa e é preciso que o povo também se faça presente nesse novo normal."
O secretário de Transparência da Câmara, deputado Roberto de Lucena (Pode-SP), também lamentou a dificuldade de instalação das comissões permanentes da Câmara, o que limita a participação da sociedade nos debates. "Falta exatamente essa participação mais efetiva da sociedade, que fica limitada em função do trabalho remoto que estamos fazendo. Esses são os desafios colocados para que os Parlamentos continuem sendo produtivos, relevantes, atuantes e possam continuar dando as respostas que a sociedade precisa".
Lucena tem defendido ainda uma CPI para fiscalizar gastos durante a pandemia, contribuindo para maior transparência. Entre as atribuições da Secretaria da Transparência da Câmara dos Deputados está a realização de estudos e pesquisas sobre a utilização da tecnologia da informação e comunicação no desenvolvimento da transparência, do acesso à informação e do controle social da administração pública.
Reportagem - José Carlos Oliveira
Edição - Régis Oliveira
Foto: Maryanna Oliveira
Caminho Político
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