
Como exemplos, mencionam-se a interação com vítimas de violência policial ou abuso sexual, moradores de rua, refugiados e narcodependentes. O documento também apela pelo desarmamento das operações policiais, proibição do porte rotineiro de sprays de pimenta pelos agentes, e banimento do emprego de cães e cavalos para moderar manifestações.
Outras exigências incluem a introdução em âmbito nacional da lei anti-profiling, aprovada no início do ano por Berlim, a qual especificamente veda aos policiais discriminarem cidadãos segundo sua cor de pele, gênero, religião e deficiência física ou mental.
Apontando um "problema estrutural" na polícia, a Grüne Jugend não hesita em usar linguagem provocadora, acusando certos agentes de "criminosos de uniforme" e afirmando haver "milhares de casos de brutalidade policial por ano pelos quais ninguém é responsabilizado".
A polícia alemã tem sido acusada de violência desnecessária, ideologia de extrema direita em suas alas e triagem racial, ou racial profiling. No entanto, o ministro do Interior, Horst Seehofer, se recusou a dar sinal verde para uma investigação sobre discriminação racial na organização, alegando que a prática já está proibida nos estatutos.
Segundo o porta-voz dos jovens verdes, Georg Kurz, o documento conteria "os primeiros passos no sentido de vincular a polícia aos princípios do Estado de direito". "É um desastre para a democracia, se ficar constatado que a violência policial ilícita fica sem consequências na maioria dos casos", disse.
O Partido Verde ainda não comentou diretamente o documento. "Estamos trocando ideias constantemente com a Grüne Jugend, mas ela é uma organização independente, com sua própria liderança e suas próprias noções", justificou a porta-voz Nicola Kabel ao TAZ.
Também falando ao periódico alemão, a policial Irene Mihalic, porta-voz dos verdes no Parlamento para política interna, concedeu que o documento contém "uma série de impulsos interessantes", mas disse não gostar "do tom e das avaliações muitas vezes polêmicas", já que "a maioria dos agentes da polícia faz um trabalho muito bom e não tem nada a ver com racismo".
Ben Knight (av)Caminho Político
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