Prefeitura Municipal de Tangará da Serra

Prefeitura Municipal de Tangará da Serra
Avenida Brasil, 2351 - N, Jardim Europa, 78.300-901 (65) 3311-4800

O MATOGROSSO

O MATOGROSSO
Fatos, Realidade e Interativo com o Público

Deputado Estadual Drº. Eugênio de Paiva (PSB-40)

Deputado Estadual Drº. Eugênio de Paiva (PSB-40)
Agora como deputado estadual, Eugênio tem sido a voz do Araguaia, representa o #VALEDOARAGUAIA! 100% ARAGUAIA!🏆

Governo de Mato Grosso

Governo de Mato Grosso
Palácio Paiaguás - Rua Des. Carlos Avalone, s/n - Centro Político Administrativo

Prefeitura de Rondonópolis

Prefeitura de Rondonópolis
Endereço: Avenida Duque de Caxias, 1000, Vila Aurora, 78740-022 Telefone: (66) 3411 - 3500 WhatsApp (Ouvidoria): (66) 9 8438 - 0857

domingo, 15 de agosto de 2021

GUERRA DO AFEGANISTÃO: Talibã toma Cabul e volta ao poder

Após ofensiva-relâmpago e sem enfrentar resistência efetiva, grupo radical islâmico começa a ocupar Cabul, 20 anos depois de ser expulso da capital por coalizão liderada pelos EUA. Presidente foge do país. Os talibãs entraram neste domingo (15/08) em Cabul, apesar das garantias iniciais de que só avançariam para o interior da capital afegã após uma transição pacífica de poder.
Cabul, que tem 4,4 milhões de habitantes, era um dos últimos redutos ainda sob a autoridade do governo afegão, que entrou em colapso em poucos dias após uma ofensiva-relâmpago dos talibãs, que agora voltam ao poder 20 anos depois de serem expulsos da capital por uma coalizão liderada pelos EUA.
Assim como ocorreu com dezenas de outras cidades afegãs nas últimas duas semanas, Cabul foi tomada sem resistência efetiva das tropas governamentais.
Os talibãs ocuparam Cabul pela primeira vez outubro de 1996 e pelos cinco anos seguintes lideraram um governo que ficou conhecido pela repressão brutal a mulheres e pela aplicação de uma versão extremamente arcaica e tirânica do islã.
A queda de Cabul também é uma humilhação para os serviços de inteligência americanos, que nesta semana ainda previam que a capital só cairia nos próximos três meses. Os americanos ainda estavam no processo de retirar suas últimas forças do país. O prazo final era 31 de agosto.
O Talibã ainda tomou o Palácio Presidencial após a divulgação de que o chefe do Executivo, Ashraf Ghani, fugiu do país diante da iminente queda da capital. Uma unidade talibã compartilhou fotos do interior do palácio - aparentemente intacto, mas vazio e abandonado pelas autoridades afegãs - em uma mensagem no Telegram. Um vídeo postado nas redes sociais também mostrou combatentes chegando ao Palácio Presidencial.Os talibãs divulgaram, entretanto, que entraram na capital afegã para controlar possíveis episódios de saque e pilhagem após o recuo e a fuga das forças de segurança do governo afegão.
"Para evitar atos de pilhagem em Cabul e para evitar que os oportunistas prejudiquem o povo, o Emirado Islâmico [como os talibãs se autodenominam] ordenou às suas forças que entrassem nas áreas de Cabul de onde o inimigo saiu", afirmaram os radicais num comunicado.
Na mesma nota informativa, os talibãs insistiram que a população "não deve temer os 'mujahedin'" e garantiram que os combatentes vão entrar na cidade "de forma calma" e não pretendem causar danos.
"Os militares e os funcionários civis do governo devem confiar que ninguém lhes fará mal. Nenhum combatente está autorizado a entrar em casas ou a torturar ou a perturbar", afirmaram os talibãs.
Essas garantias, no entanto, são vistas com desconfiança, considerando o histórico do grupo.
A imprensa internacional também relatou que o hospital de Cabul divulgou, através da rede social Twitter, que "mais de 40 pessoas" ficaram feridas em confrontos nos arredores da capital afegã e que foram transportadas para aquela unidade hospitalar.
Em apenas dez dias, os talibãs - que lançaram sua ofensiva em maio coincidindo com o início da retirada final das tropas americanas e estrangeiras - assumiram o controle de quase todo o país.
A derrota é praticamente total para as forças de segurança afegãs, que foram financiadas por 20 anos com bilhões de dólares pelos Estados Unidos, e para o governo do presidente Ghani. No momento, há registro de tropas do governo central fugindo para países vizinhos, como o Uzbequistão.
Neste domingo, os talibãs também tomaram Jalalabad, que segundo relatos não ofereceu resistência. O parlamentar afegão Abrarullah Murad disse que os moradores mais velhos da cidade negociaram com o Talibã para que as forças governamentais se retirassem.
Presidente em fuga
Mais cedo, o presidente Ashraf Ghani deixou o país, conforme as tropas do Talibã avançam sobre a região central da capital, Cabul. Segundo as fontes do governo, Ghani deixou o país acompanhando do seu seu conselheiro de Segurança Nacional, Hamdullah Mohib e um segundo assessor. Ainda não está claro para qual país eles se dirigiram. Uma autoridade do Ministério do Interior afirmou que Ghani foi para o Tajiquistão. A imprensa local do país também está informando que o presidente deixou o país.
Procurado pela agência Reuters, o governo afegão afirmou que não poderia comentar sobre o paradeiro de Ghani por "razões de segurança". Mais cedo, o ministro do Interior, Abdul Sattar Mirzakwal, anunciou uma "uma transferência pacífica de poder para um governo de transição", mas não deixou claro quais facções iriam compor esse governo.
Mohammad Ashraf Ghani Ahmadzai assumiu a Presidência do Afeganistão em 2014 e foi reeleito em 2019.
Um dos antecessores de Ghani na presidência, Mohammad Najibullah, que governou o país entre 1987 e 1992, com apoio soviético, foi brutalmente assassinado pelo Talibã em 1996, quando o grupo tomou Cabul pela primeira vez. Na ocasião, Najibullah, que havia procurado refúgio numa instalação das Nações Unidas, foi capturado, torturado, castrado e teve seu corpo arrastado pelas ruas e pendurado num poste em frente à sede do governo.
Americanos evacuam pessoal
Funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Cabul foram levados às pressas para o aeroporto da capital afegã, para onde milhares de soldados americanos foram enviados, informou o secretário de Estado, Antony Blinken.
"Transferimos os homens e mulheres de nossa embaixada para o aeroporto. Por esse motivo, o presidente enviou numerosos militares", explicou à rede ABC.
Apesar da retirada precipitada, o chefe da diplomacia americana rejeitou comparações entre a situação em Cabul e a queda de Saigon, no Vietnã, em 1975, reiterando que os Estados Unidos haviam "alcançado seus objetivos" na guerra do Afeganistão.
"Isso não é Saigon", disse o secretário de Estado à ABC. "Entramos no Afeganistão há 20 anos com uma missão e essa missão era confrontar aqueles que nos atacaram em 11 de setembro. Essa missão foi bem-sucedida".
Diante do colapso do Exército afegão, o presidente americano, Joe Biden, aumentou para 5 mil o número de militares nobilizados no aeroporto de Cabul para evacuar diplomatas americanos e civis afegãos que cooperaram com os Estados Unidos e que temem por suas vidas.
Já a Alemanha fechou sua embaixada em Cabul e iniciou a evacuação de seu pessoal.
Muitos afegãos, especialmente na capital, e as mulheres em particular, acostumados com um certo grau de liberdade desfrutado nos últimos 20 anos, temem um retorno ao poder do Talibã.
Quando governaram o país, entre 1996 e 2001, os talibãs impuseram sua versão extremista da lei islâmica. Mulheres tinham que cobrir até o rosto e eram proibidas de sair sem um acompanhante masculino e de trabalhar. Meninas não podiam frequentar a escola. Mulheres acusadas de crimes como adultério eram açoitadas e apedrejadas. Condenados também sofriam amputações, apedrejamento e execuções públicas.
jps (EFE, AFP, dpa, DW)cp
@caminhopolitico @cpweb

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ame,cuide e respeite os idosos