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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Real revela o que investidores pensam do Brasil

O governo comemora a recuperação da economia, o crescimento das exportações e o aumento da receita tributária. Mas a volatilidade e a contínua fraqueza da moeda nacional mostram: os investidores não confiam em Bolsonaro. Quando se olha para o desenvolvimento da economia brasileira no primeiro semestre do ano, os dados consistentemente positivos surpreendem. Espera-se que, em 2021, o Brasil cresça quase 6%. Nas próximas semanas, a economia brasileira poderá voltar ao nível em que se encontrava antes de a pandemia eclodir.
A economia de exportação do Brasil decola: sobretudo commodities da agricultura e da mineração passam atualmente por um ciclo positivo. Mas as exportações de produtos industrializados para a América Latina também ganharam corpo. No geral, as exportações no primeiro semestre aumentaram cerca de um terço em comparação com o mesmo período do ano passado.
Ao mesmo tempo, as importações também estão aumentando significativamente - um sinal de que as empresas estão investindo novamente. As importações de máquinas e equipamentos cresceram fortemente, e o investimento estrangeiro direto em empresas brasileiras permanece surpreendentemente elevado.
Com a pandemia, o déficit em conta corrente do Brasil caiu drasticamente - em quase dois terços, para agora apenas 1,3% do PIB. Isso é um bom sinal. Porque uma balança corrente equilibrada em um mercado emergente como o Brasil significa que não há o perigo de que o país possa se tornar insolvente.
O Brasil não tem uma escassez de moeda estrangeira, como a Argentina está experimentando atualmente. Muito pelo contrário: estão fluindo tantos dólares para o Brasil que o Banco Central dificilmente precisará recorrer às reservas de divisas para atender a demanda.
Apreensão entre investidores se explica
Por isso é ainda mais espantoso que os investidores financeiros continuem cautelosos em relação ao Brasil. Algo que se reflete na taxa de câmbio. O nervosismo dos investidores se expressa na alta volatilidade. Flutuações diárias de 3% ou 4% mostram que os investidores estão incertos sobre o curso econômico do governo. Apesar da recuperação dos últimos dois meses, o real ainda é uma das moedas mais fracas dos mercados emergentes desde o início da pandemia.
No mundo perfeito de um modelo econômico, dada a rápida recuperação da economia brasileira, os investidores teriam agora que tirar proveito da fraqueza do real e investir maciçamente no Brasil: seja nos mercados financeiros, corporativos, imobiliários ou nas bolsas, os ativos brasileiros são baratos e poderiam ganhar valor adicional com um real mais forte como fator acelerador.
No entanto, os investidores estão se retraindo. A razão é: eles desconfiam de um governo cujos índices de popularidade estão afundando e que, portanto, está seguindo um caminho cada vez mais irracional - não apenas na luta contra o Judiciário e a mídia, mas também na economia. Um exemplo disso é a reforma tributária que o governo levou ao Congresso há algumas semanas. Em poucos dias, os deputados fatiaram o texto e inverteram as intenções do projeto.
É previsível que a desconfiança dos investidores aumente. Diante do declínio da popularidade, o governo aumentará as concessões para aliados no "centrão", bem como a ajuda social, especialmente no Nordeste. Como resultado, é provável que o orçamento caia ainda mais em déficit - apesar da alta receita tributária que o ministro da Economia Paulo Guedes comemorou recentemente.
Hoje não há melhor indicador do que a taxa de câmbio do real para ter uma ideia do que os investidores pensam do governo Bolsonaro. No momento, eles estão mostrando os polegares para baixo.
Há mais de 25 anos, o jornalista Alexander Busch é correspondente de América do Sul do grupo editorial Handelsblatt (que publica o semanário Wirtschaftswoche e o diário Handelsblatt) e do jornal Neue Zürcher Zeitung. Nascido em 1963, cresceu na Venezuela e estudou economia e política em Colônia e em Buenos Aires. Busch vive e trabalha em São Paulo e Salvador. É autor de vários livros sobre o Brasil. Clique aqui para ler suas colunas.
Alexander Busch/Caminho Político
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