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domingo, 5 de setembro de 2021

"Afegãos devem ser repelidos na fronteira", diz líder de ultradireita alemã

Para o presidente da AfD Tino Chrupalla só quem ajudou diretamente as tropas alemãs no Afeganistão deve receber refúgio. Em entrevista, o político reclama da "histeria" em torno da covid-19 e das mudanças climáticas. Ele forma, junto com a deputada Alice Weidel – líder da bancada da AfD no Bundestag -, a dupla que encabeça a chapa do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) nas eleições parlamentares deste mês. Tino Chrupalla, copresidente da sigla, é contra se oferecer refúgio à grande maioria dos afegãos.
Em entrevista à DW, Chrupalla reclama que, das primeiras 4 mil pessoas que foram levadas de avião pelos militares alemães do aeroporto de Cabul na recente ação de resgate aéreo multinacional, apenas 136 puderam ser contabilizadas como membros das equipes de apoio local às forças ocidentais no Afeganistão.
A afirmação só corresponde em parte à verdade, pois o Ministério do Interior da Alemanha informou que 138 membros de equipes locais de apoio chegaram ao país europeu, juntamente com 396 familiares (total de 534 pessoas). Na operação de retirada, foram transportadas à Alemanha mais de 4.500 pessoas, segundo o governo alemão. Delas, 3.849 são cidadãos afegãos e 403, alemães.
Questionado sobre como definiria o termo "equipe de apoio local", Chrupalla diz: "Eles são, por exemplo, intérpretes que trabalharam para os militares alemães". Quando questionado se considera apenas os que trabalharam para a Bundeswehr, argumenta: "Não quero ONGs ou qualquer outra coisa diluindo esse termo. Caso contrário, não pode ser verificado. Quem pode dizer com certeza quais pessoas trabalharam realmente no apoio local?".
Considerando como cenário alguém que trabalhou para uma fundação alemã no Afeganistão, ele diz: "Você teria que ver o que eles fizeram exatamente. Se eles traziam ovos ou leite pela manhã, então eu não consideraria isso um real apoio".
Segurança de fronteira
Um afegão que conseguiu chegar ao Paquistão nas últimas semanas enviou uma pergunta a Chrupalla, perguntando se a Alemanha planejava oferecer ajuda às pessoas que fugiam de sua terra natal de forma mais geral, como em 2015. Chrupalla responde que seu partido está "alinhado" com os governos da Áustria e da Dinamarca, que disseram que planejam não receber refugiados do Afeganistão.
O governo alemão estima atualmente que cerca de 40 mil pessoas ainda no Afeganistão se qualificariam para serem retiradas do país como equipe de apoio local e seus parentes. Chrupalla contesta o cálculo do governo como inflacionado.
"Isso abre uma comporta. Não queremos isso. A ajuda local é muito mais importante", argumenta Chrupalla. Ele prossegue dizendo que sua primeira prioridade seria mandar para casa afegãos que chegaram à Alemanha nos anos anteriores, mas não conseguiram permissão para ficar. "Ainda há 30 mil afegãos neste país que não têm o direito de ficar aqui".
O político também diz que os afegãos deveriam ser rejeitados na fronteira alemã, "de acordo com a legislação da União Europeia (UE)", porque, segundo ele, se eles chegaram lá nas condições atuais, é porque teriam passado por vários países terceiros "seguros" no caminho. A legislação da UE exige que os migrantes entrem com pedido de refúgio no primeiro Estado-membro em que pisam.
Relembrado dos comentários do ex-líder da AfD Frauke Petry durante a chamada crise migratória de 2015 sobre o uso de armas na fronteira, Chrupalla diz que em "situações de emergência", como um "ataque violento", todas as forças de fronteira nacionais se reservam este direito. "Você deve ser capaz de se defender", afirma.
A retórica da AfD no rescaldo da crise migratória contribuiu para que o partido entrasse no Parlamento alemão pela primeira vez em sua história em 2017, com 12,6% dos votos. A maioria das pesquisas de opinião da Alemanha mostra que o partido corre o risco de perder parte desse apoio este, enquanto luta pela posição de quarta maior legenda do país.
Mudanças climáticas
Diante das grandes inundações na Alemanha e outros eventos climáticos adversos severos ao redor do globo, Chrupalla diz que a AfD "não nega as mudanças climáticas", mas que o partido é altamente cético em relação aos relatórios patrocinados pela ONU e outros estudos sobre a influência da humanidade no aquecimento global.
"Essa é uma grande diferença", afirma. "Nós não negamos, por que ainda temos que usar a palavra 'negar?'", questiona o político de 46 anos do estado da Saxônia, no leste do país. "Estamos dizendo que o impacto das atividades humanas nas mudanças climáticas é mínimo – e é mesmo! E a contribuição da Alemanha para isso, ainda mais. Não negamos as mudanças climáticas, elas vêm acontecendo há milhares de anos. Precisamos, sim, pensar em como podemos nos adaptar a essa situação e a essas circunstâncias".
AfD defende a retirada do Acordo de Paris e a extensão dos tempos de operação das usinas de carvão e nucleares na Alemanha. Atualmente, é prevista uma gradual eliminação da produção energética com carvão na Alemanha, e os últimos reatores atômicos devem ser desligados no país no final de 2022.
"Histeria" e covid-19
Chrupalla classifica o coronavírus como "um vírus que se espalhou pelo mundo e precisa ser levado a sério".
Os membros da AfD tem estado entre os mais céticos quanto à resposta do governo à pandemia, desafiando vários dos planos e restrições do governo, seja no Parlamento, nos tribunais ou em ambos.
Em meio a um debate na Alemanha sobre se os empregadores devem ter permissão para perguntar aos funcionários se eles foram vacinados, Chrupalla diz não ser a favor dessa proposta. Ele se recusou a dizer se já foi vacinado, chamando isso de uma "decisão pessoal". Também disse que se ainda tivesse na direção de sua empresa de pintura e decoração, que largou para se dedicar à política, não perguntaria a seus funcionários.
Ele acredita que a mudança climática e a covid-19 são as duas faces da mesma moeda, exemplos de uma cultura de "histeria".
"Medo e pânico estão atiçados em todas as áreas, com a covid-19, com o clima. É como uma espécie de nova religião, que se pretende cultivar aqui, para tirar dinheiro do bolso do contribuinte com os impostos sobre as emissões de CO2".
Falta de opções de coalizão
Chrupalla tornou-se presidente da AfD em 2019, tendo sido nomeado cabeça de chave para as eleiçõesem maio deste ano. O eurocético AfD tem a duvidosa honra de ser talvez a única coisa que pode unir todos os outros partidos políticos da Alemanha. Em um ponto, todas as outras cinco grandes siglas da política alemã dizem que são unânimes: não se juntariam a uma coalizão com Chrupalla, Weidel e seus colegas.
Mas, dadas as prováveis dificuldades para forjar uma coalizão de governo neste ano, Chrupalla afirma que esperará até que todos os votos sejam contados antes de descartar qualquer coisa categoricamente. "Nosso objetivo primeiro é nos tornar o partido de oposição mais forte novamente. Esse é o nosso objetivo nestas eleições. Queremos deixar claro o que está errado neste país."
Fim da era Merkel
Chrupalla diz que não vair sentir falta da chefe de governo, que liderou o país por 16 anos e decidiu não se candidatar à reeleição. "Estou feliz que esta mulher esteja deixando o cargo. Ela causou danos à Alemanha como quase nenhum outro chanceler [do pós-guerra] antes dela", afirma, acrescentando que um proeminente ex-editor da revista Der Spiegel e do jornal Die Welt também descreveu o atual governo como o pior desde a Segunda Guerra Mundial.
Michaela Küfner, Erkan Arikan, Mark Hallam/Caminho Político
@caminhopolitico @cpweb

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