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domingo, 24 de outubro de 2021

Entidades criticam censura a jornal O Globo em caso envolvendo "nova cloroquina"

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) criticaram a decisão judicial que proibiu o jornal O Globo e a jornalista Malu Gaspar de citarem o nome da rede de saúde privada Samel, do Amazonas, em textos sobre estudos clínicos do uso do medicamento proxalutamida no tratamento contra a covid-19.
O remédio é um bloqueador hormonal sintético desenvolvido na China, que vinha sendo testado contra o câncer de próstata. Ele nunca foi usado em escala comercial e ainda não tem eficácia comprovada contra nenhuma doença.
O estudo foi patrocinado pela empresa e vinha sendo objeto de reportagens da colunista Malu Gaspar desde abril de 2021. As reportagens classificavam o remédio como "nova cloroquina de Bolsonaro" e mostraram que o Ministério Público Federal iria iniciar uma investigação sobre irregularidades cometidas durante o estudo.
O diretor-executivo da ANJ, Ricardo Pedreira, classificou a decisão da Justiça do Amazonas como "lamentável caso de censura, em completo desacordo com o que determina a Constituição".
"A ANJ condena com veemência esta e outras seguidas decisões de censura à imprensa por parte do Poder Judiciário, a quem cabe exatamente zelar pelo cumprimento das leis. O que se espera é que o próprio Judiciário, em outra instância, reestabeleça a livre atividade jornalística. A censura ao Globo violenta o direito dos cidadãos de terem acesso a informações de seu interesse”, disse Pedreira.
Liminar, a decisão de censurar o jornal foi tomada em 15 de outubro, pelo juiz Manuel Amaro de Lima, da 3ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho de Manaus. Em outra decisão, o mesmo juiz já havia determinado a retirada do site do jornal de três textos sobre a experiência com o medicamento.
O mesmo juiz também censurou o Portal do Holanda, do jornalista Raimundo Holanda, de Manaus, por repercutir as reportagens de Malu Gaspar. Neste caso, a censura foi confirmada por um desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas, o que levou os advogados de Holanda a encaminharem o caso ao STF, onde ele está sendo analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski.O juiz de Manaus também ordenou que o Globo publicasse uma resposta da Samel, além de estipular multa. O jornal irá recorrer da decisão.
Em nota, a Abraji afirmou que "vê com preocupação as decisões da Justiça do Amazonas contra dois veículos que se propuseram a cumprir seu papel de informar e jogar luz sobre questões de interesse público relacionadas à ética médica e científica".
A entidade também afirmou que a proibição prévia de publicação de conteúdos é inconstitucional e que a decisão do juiz de Manaus prejudica o direito à informação de todos os cidadãos.
Intercept também sofreu censura
Publicada pelo Intercept em novembro do ano passado, uma reportagem sobre o candidato derrotado à prefeitura de Manaus, Ricardo Nicolau, que é um dos herdeiros do grupo Sambel, também foi censurada, neste caso pela Justiça Eleitoral amazonense.
A matéria contava como o candidato, que não é médico, aproveitou o acesso ao hospital municipal de campanha de Manaus para gravar imagens vestido de branco e visitando leitos de pacientes como se fosse um médico.
O candidato reclamou que a matéria promoveu “racismo intelectual” ao informar que ele não tem ensino superior completo. Em sua campanha, o candidato teria exibido depoimentos de pacientes agradecendo ao “doutor Nicolau” pela cura da covid-19, levando o eleitor a crer que ele é medico.
A reportagem censurada também mostrava que parte das ações judiciais movidas pelos adversários de Nicolau caíram no gabinete da juíza eleitoral Margareth Rose Cruz Hoaegen, considerada amiga da família do candidato.
Assessoria/Caminho Político
@caminhopolitico @cpweb

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