Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso

Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso
Cons. Benjamin Duarte Monteiro, Nº 01, Ed. Marechal Rondon

Prefeitura Municipal de Tangará da Serra

Prefeitura Municipal de Tangará da Serra
Avenida Brasil, 2351 - N, Jardim Europa, 78.300-901 (65) 3311-4800

Deputado Estadual Drº. Eugênio de Paiva (PSB-40)

Deputado Estadual Drº. Eugênio de Paiva (PSB-40)
Agora como deputado estadual, Eugênio tem sido a voz do Araguaia, representa o #VALEDOARAGUAIA! 100% ARAGUAIA!🏆

Governo de Mato Grosso

Governo de Mato Grosso
Palácio Paiaguás - Rua Des. Carlos Avalone, s/n - Centro Político Administrativo

Prefeitura de Rondonópolis

Prefeitura de Rondonópolis
Endereço: Avenida Duque de Caxias, 1000, Vila Aurora, 78740-022 Telefone: (66) 3411 - 3500 WhatsApp (Ouvidoria): (66) 9 8438 - 0857

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Famílias de Nova Bandeirantes (MT) recebem mudas de café mais produtivo e de fácil manejo

Nova Bandeirantes, MT - Um tipo de café de maior produtividade e manejo facilitado agora é parte da realidade e aposta das famílias cafeicultoras de região na Amazônia onde, a cada ano que passa, é mais difícil de colher o grão.
Aliado a técnicas de manejo de poda, solo e irrigação, o café clonal reúne características de diferentes espécies que o tornam mais produtivo e resistente, essencial para o fortalecimento da agricultura familiar no norte de Mato Grosso, classe à margem da economia em uma região amazônica sob intensa pressão de desmatamento. Neste mês, famílias receberam cerca de 42 mil mudas de café clonal. A entrega foi realizada pelo projeto Proteja e Restaure, implementado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) com apoio da Global Wildlife Conservation (GWC).
Chamado de ‘café de semente’ por ter plantada a semente de forma direta no terreno da produção, o café convencional contabiliza safras piores a cada ano que passa.
O agricultor Ciro Alexandre dos Santos, afirma que a colheita deste ano, com pico no mês de julho, não rendeu quase nada para a família, que precisa contar com diárias fora da chácara.
De acordo com o cafeicultor, o plantio de café na região já foi abundante e fértil.
O município localizado a mais de 800 quilômetros de Cuiabá foi colonizado por famílias de agricultores que apostaram no cultivo do café quando chegaram entre as décadas de 1970 e 1980, o que garantiu a alcunha de “Rainha do Café” à cidade.
“Antes qualquer café produzia bem aqui. Hoje, se não for área irrigada, não produz de jeito nenhum. É quase impossível e exige muita sorte”, diz.
A atividade foi abandonada por muitas das famílias, desanimadas com os preços cada vez mais baixos do grão somados à diminuição da produtividade ao longo dos anos e à falta de estrutura para beneficiamento e escoamento do produto no município.
O agricultor recebeu 3,5 mil mudas que vão completar dois hectares de café na sua propriedade.
O técnico do ICV, Jessé Lopes Carvalho, explica o diferencial do café produzido em clones.
“No café clonal, existe uma matriz selecionada que tem o mesmo fenótipo. Se tem boa produção, todos os pés produzem bem. Se é resistente a alguma doença , todos são fortes também”, exemplifica.
“Um pé que produzia um latão de café no convencional, às vezes cinco, seis, sete para dar outro latão. No clone, não. Se o primeiro é um latão, até o último também vai ser”, atesta o cafeicultor Emerson Ferreira, que trabalha com clonal há anos.
A família de Emerson foi uma das primeiras a investir no tipo de planta na região e foi a responsável pelo manejo das mudas entregues às famílias beneficiadas pelo projeto.
A jovem de 19 anos Genifer Lorrane apoiou o processo de produção das mudas, que exige técnicas de poda das ramas para a criação das plântulas, plantio e cuidados com as diferentes variedades do café clonal no viveiro.
O manejo praticado pelos integrantes da família difere bastante do que aprenderam a fazer quando chegaram nessas terras. A prática ainda é comum na região.
“Fazia-se a derrubada da mata e então era feito o plantio com semente. E depois fazia a desrama depois de cinco a sete anos”, explica o técnico do ICV.
A desrama é o processo de corte na base da planta e que exige a espera de um ano para o café crescer.
Aos poucos, muitas famílias migraram para outras atividades, como a pecuária. Para Vanderlei dos Santos, um dos beneficiados pelas mudas, o que o impediu trocar o cultivo por pastagem foi o tamanho da terra.
“Já pensamos sim, em desistir, mas pra quem tem terra pouca não compensa”, comenta.
A nova aposta dos cafeicultores é baseada também na experiência de sucesso do vizinho, cuja situação da safra anual foi praticamente o oposto.
“Surpreendeu a gente de tão boa, foi uma safra excelente”, conta Emerson.
Jessé pondera, entretanto, que é preciso cuidado para que a redução da variabilidade genética na região não seja drástica, o que pode ocasionar em deficiência genética do café e levar à diminuição da resiliência do cultivar em situações de mudanças ambientais e fatores externos.
“Dessa forma, é possível manter o saldo positivo da tecnologia”, diz.
Assessoria/Caminho Político
@caminhopolitico @cpweb

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ame,cuide e respeite os idosos