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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Vacinas: a Big Pharma já arrecadou 90 bilhões. Para sair do Covid, as patentes devem ser suspensas














As três proprietárias das vacinas contra o Covid mais difundidas e caras: Pfizer, Biontech e Moderna vão arrecadar 90 bilhões em 2021. Com lucros em torno de 41 bilhões. Enough! Como se costuma dizer em Wall Street. Certamente, mais do que suficiente para cobrir os custos da ciência financiada nos últimos anos para desenvolvê-las, para cobrir as pesquisas que não tiveram sucesso, os experimentos... Enfim, se quem pretende parar (e consegue muito bem) a suspensão das patentes de vacinas da Covid para permitir a produção em países que poderiam fazer isso e precisam urgentemente delas (Índia, Tailândia, África do Sul e Brasil na liderança), pensa se esconder atrás da ladainha da "a pesquisa é cara", desta vez seria melhor ficar calado. Desta vez, dizemos, porque nós subscrevemos a ladainha, mas quando ela faz sentido: encontrar um medicamento custa montes de dinheiro, centenas de pesquisas que dão errado, os testes são onerosos e perigosos; ou seja: é preciso reconhecer lucros para a Big Pharma se quisermos sempre novos medicamentos. Também porque os governos não têm condições de financiá-los; aqueles virtuosos (e certamente não a Itália e nem mesmo a Europa) pagam pela pesquisa básica, mas depois têm que ceder diante do desenvolvimento. Então, ok: que a Big Pharma empilhe cédulas para seus acionistas. Mas, com a Covid, é hora de mudar a música. Já teve lucros em abundância.
E se não quisermos dizer basta porque é assustador deixar milhões e milhões de pessoas em países pobres à mercê do vírus enquanto corremos alegremente para a quarta dose, vamos dizer basta porque ou todos nos salvamos ou ninguém se salva. Agora estamos sofrendo os danos da variante Delta (indiana), a pior queda da bolsa nos últimos meses e o Natal morno são culpa da Ômicron (sul-africana). Outras virão e quem sabe o que vai acontecer. Para sair deste pesadelo, o mundo deve ser vacinado. Pena que seja a solidária e civilizada Europa na primeira fila a dizer não. Até os liberais dos EUA que, afinal de contas, possuem aquelas patentes, abriram a porta. Mas para que seja aprovada a suspensão das patentes, é preciso unanimidade por parte da OMC (Organização Mundial do Comércio), que nem mesmo colocou o assunto na agenda.
A reportagem é de Daniela Minerva, publicada por La Repubblica e Caminho Político. A tradução é de Luisa Rabolini. Edição: Régis Oliveira. @caminhopolitico @cpweb

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