Diretor do site mexicano Noticias Web, o jornalista Heber Lopez foi morto a tiros nesta quinta-feira, 10 de fevereiro, na cidade de Salina Cruz, no estado de Oaxaca, sul do México. Lopez é o quinto jornalista assassinado no país somente este ano, o que torna as primeiras seis semanas de 2022 as mais letais para a imprensa mexicana em mais de uma década. Pelo menos três dos mortos estavam relacionados em um programa federal de US$ 23 milhões por ano para proteger jornalistas e defensores de direitos humanos.Entidades como a Artigo 19 têm solicitado que o programa seja mais efeitivo. Por sua vez, os senadores dos Estados Unidos Tim Kaine e Marco Rubio deram declarações pressionando o México a proteger seus jornalistas e criticando o presidente Andrés Manuel López Obrador por manter sua retórica antiimprensa mesmo em meio à onda de assassinatos de comunicadores.
Além dos cinco jornalistas mexicanos assassinados, este ano dois sobreviveram a um ataque e vários outros relataram ameaças de morte.
No caso de Lopez, o procurador-geral de Oaxaca disse que duas pessoas foram presas. Já Rodolfo Canseco Gutierrez, amigo da vítima e diretor do site de notícias online RCP Noticias, informou que Lopez cobria notícias sobre crimes e policiais, e que sua morte pode estar relacionada a reportagens publicadas recentemente.
O México vem sendo classificado de forma recorrente, por diferentes entidades, como um dos países mais mortíferos para jornalistas do mundo. De 2000 a 2021, cerca de 145 comunicadores e profissionais de imprensa foram mortos no país, segundo a organização de direitos humanos Artigo 19. Em 2021 houve sete assassinatos de jornalistas.
Em 2022, além de Lopez, as vítimas foram José Luis Gamboa Arenas, diretor do site de notícias Inforegio em Veracruz, o fotógrafo freelancer Margarito Martinez, a repórter Lourdes Maldonado Lopez e o cinegrafista Robert Toledo.
Assessoria/Caminho Político
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