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domingo, 15 de maio de 2022

O que se sabe sobre o assassinato de jornalista na Palestina

Shireen
Abu Akleh foi baleada quando trabalhava na Cisjordânia, e Israel e Autoridade Palestina trocam acusações sobre a culpa. Vídeo divulgado por Israel não é do local da morte, afirma ONG israelense à DW após análise. Shireen Abu Akleh só viveu até os 51 anos. A experiente repórter da rede de televisão Al Jazeera foi morta na quarta-feira (12/05) em Jenin, na Cisjordânia. Ela estava no local para cobrir uma incursão de militares israelenses, e usava um capacete e um colete de proteção que a identificavam claramente como membro da imprensa.
Tanto o governo israelense quanto a Autoridade Palestina afirmaram que a morte da jornalista é uma tragédia. Mas a concordância termina aí. Nos últimos dias, autoridades palestinas, assim como a Al Jazeera, que é sediada no Qatar, fizeram duras acusações contra o governo israelense.
No funeral em Ramallah, na quinta-feira, que foi precedido por uma repressão violenta por forças israelenses, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse: "Consideramos as autoridades de ocupação israelenses totalmente responsáveis pelo assassinato, e não será possível esconder a verdade sobre este crime".
O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, já havia rejeitado as acusações na véspera. "Com base em informações preliminares que temos, há uma possibilidade significativa que a jornalista tenha sido baleada por palestinos armados. No entanto, para descobrir a verdade, deve haver uma investigação real", disse Bennett na quarta-feira.
Nenhuma investigação conjunta
A Autoridade Palestina, entretanto, rejeita uma investigação conjunta com as autoridades israelenses por causa de uma "falta de confiança" e disse que, em vez disso, pretende acionar o Tribunal Penal Internacional.
A Autoridade Palestina também não quer entregar a bala que matou Abu Akleh a Israel para exame forense.
De acordo com o jornal israelense Haaretz, Abu Akleh foi aparentemente atingida por uma bala de 5,56 milímetros, provavelmente disparada por um fuzil M16. O jornal afirma que tais armas são utilizadas tanto pelo exército israelense quanto por militantes palestinos.
Abu Akleh estava acompanhada por vários jornalistas. Um colega palestino dela, Ali Al-Samoudi, também sofreu ferimentos a bala. Ele fez sérias acusações contra o exército israelense e disse que não havia combatentes palestinos por perto quando os jornalistas foram alvejados.
Al-Samoudi disse à Al-Jazeera: "Nós íamos filmar a operação do Exército israelense e de repente eles atiraram em nós sem nos pedir para sair ou parar de filmar."
Versões contraditórias
Os militares israelenses rechaçaram esse relato. A operação em Jeni era anti-terrorista e os soldados estavam sob fogo pesado de palestinos armados, afimaram as Forças Armadas de Israel em um comunicado no Twitter. E acrescentaram: "As Forças de Defesa de Israel nunca irão deliberadamente mirar em não combatentes. Estamos comprometidos com a liberdade de imprensa e com a santidade das vidas humanas".
Na quarta-feira, poucas horas após a morte de Abu Akleh, o Ministério das Relações Exteriores israelense havia divulgado um vídeo sugerindo que os palestinos haviam disparado o tiro fatal. No Twitter, a pasta escreveu: "Nesta manhã, em Jenin, terroristas ouvidos dizendo: 'Eles acertaram um, acertaram um soldado, ele está deitado no chão'. Mas nenhum soldado [israelense] do IDF foi ferido em Jenin. Os terroristas palestinos, disparando indiscriminadamente, provavelmente atingiram a jornalista Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera."
Várias embaixadas israelenses, incluindo as localizadas em Washington e em Berlim, traduziram a mensagem e a publicaram.
Sem respostas ainda
A organização não-governamental israelense B'Tselem, que é crítica ao governo, examinou o vídeo divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores israelense. E concluiu que o vídeo mostra uma cena que ocorreu longe do local onde Abu Akleh foi morta.
Em entrevista à DW, Dror Sadot, da B'Tselem, disse que a organização, por meio de seu pesquisador em Jenin, identificou os dados exatos do GPS do homem armado, assim como do local onde Abu Akleh foi baleada: "Fomos e obtivemos essas imagens em vídeo desses dois locais, e mostramos como não podem se tratar do mesmo incidente."
Entretanto, isso não explica quem atirou em Shirin Abu Akleh.
Ainda não é possível esclarecer isso de forma definitiva, disseram os militares israelenses em uma declaração divulgada na sexta-feira à tarde. E mencionaram duas possibilidades: ou palestinos armados atiraram acidentalmente em Abu Akleh enquanto miravam em soldados israelenses, ou militares israelenses acidentalmente a atingiram enquanto disparavam contra um atirador próximo a ela.
DW/CP
@caminhopolitico @cpweb

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