Segundo polícia, ação visava prender líderes criminosos escondidos na comunidade de Vila Cruzeiro. Confronto teve início depois de ataque a agentes de segurança. Moradora é atingida por bala perdida. Uma operação policial na madrugada desta terça-feira (24/05) na favela de Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio de Janeiro, terminou com ao menos 22 mortos. A ação visava prender lideranças criminosas que estariam escondidas na região.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), a maioria das vítimas era de suspeitos de crimes. Uma moradora da comunidade, Gabriele Ferreira da Cunha, de 41 anos, foi vítima de bala perdida. Outras sete pessoas, entre elas um policial, ficaram feridas e foram levadas para hospitais na região.
A operação conjunta do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizada na comunidade, uma das 13 favelas do Complexo da Penha, visava prender lideranças da facção criminosa Comando Vermelho, que estariam escondidas na região.
Entre os suspeitos líderes criminosos de outras comunidades como Mangueira, Jacarezinho, Salgueiro e Providência e alguns vindos de outros estados, como Bahia, Pará e Alagoas.
A PM afirma que os agentes se preparavam para dar início à operação quando foram atacados por traficantes. O confronto teria ocorrido próximo a uma área de mata.
"Realidade trágica"
A PM informou que foram apreendidos na operação 11 fuzis, quatro pistolas, motocicletas e seis automóveis que teriam sido usados pelos criminosos.
O tenente-coronel Ivan Blaz, porta-voz da PM, disse que a organização criminosa é responsável por mais de 80% dos confrontos armados do Rio de Janeiro, e que realiza uma "campanha expansionista" no estado.
Ele disse que a morte da moradora de Gabriele Ferreira da Cunha é uma "realidade trágica". "Esse resultado logo no início da operação já nos desestimula. Ele já é um fato lamentável, muito lamentável, uma família impactada por um resultado desse, da violência".
As mortes na Vila Cruzeiro ocorreram poucas semanas após a data que marcou um ano do massacre no Jacarezinho, a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou 28 mortos.
rc/cn (ots)cp
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