Mais de 700 pessoas participaram da aula magna de abertura do curso “A nova Lei de Licitações na Prática”, realizada pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) nesta segunda-feira (13). Ministrada pelo auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU), Kleberson Roberto de Souza, a palestra reuniu gestores de diferentes órgãos de maneira presencial e virtual. Na ocasião, o supervisor da Escola Superior de Contas, conselheiro Waldir Teis, destacou que a capacitação faz parte do planejamento estratégico da gestão do presidente do órgão, conselheiro José Carlos Novelli, que estabeleceu que o Tribunal ofereça o máximo de capacitações para os gestores dos municípios.
"Nós temos uma lei nova e, a partir do ano que vem, obrigatoriamente todos terão que utilizá-la. Essa norma trouxe inovações e inclusive personagens diferentes para o processo licitatório. Além disso, ela estabelece que os tribunais de contas capacitem seus fiscalizados, o que vem ao encontro desse nosso contexto atual, mais municipalista, de orientação", disse.
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, destacou a parceria da instituição com TCE-MT em ações como esta. "Há um envolvimento muito forte do Tribunal com os gestores municipais. O encontro de hoje vai possibilitar que servidores dos 141 municípios do estado sejam preparados para esse novo desafio."
Representando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado Carlos Avalone também falou sobre esta aproximação entre órgão de controle e fiscalizados. "Parabenizo pelo caminho que estão trilhando, no sentido de melhorar a vida do gestor, fazer com que a administração seja eficiente, transparente e que produza bons resultados à população."
Kleberson Roberto de Souza explicou que a Lei nº 14.133 passa a ser obrigatória a partir de 1° de abril de 2023 e apontou que a norma mescla rigidez e flexibilidade. Isso porque, embora apresente mais exigências, há dispositivos que aumentam o limite para dispensa de licitação e permitem a dispensa da necessidade de parecer jurídico para contratações de baixo valor, complexidade e entrega, por exemplo.
"Uma das minhas recomendações é que os municípios criem uma comissão técnica, uma equipe multidisciplinar para estudar a legislação e avaliar as necessidades de regulamentações, de modificação da estrutura administrativa e de adaptação de sistemas de tecnologia da informação para poderem fazer um planejamento e se adequar", afirmou.
O controlador geral do Estado, Emerson Hideki Hayashida, também participou da aula magna. A ação, que se estende até dezembro deste ano, cumpre com o art. 173 da nova Lei de Licitações, que prevê a capacitação, por parte dos tribunais de contas, de servidores e colaboradores designados para o desempenho das funções essenciais à sua execução.
Assessoria/Caminho Político
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