Ex-governador volta como pré-candidato a estadual e pode ser um dos mais votados.pré-candidato a deputado estadual e ex-governador Júlio Campos afirma que uma eventual aliança do seu partido, o União Brasil, com o PT, no âmbito nacional, não deve influenciar a legenda no estado. Em Mato Grosso, o partido tem o governador Mauro Mendes como candidato à reeleição, com compromisso já declarado junto a Jair Bolsonaro (PL). O União foi formado pela fusão entre Democratas e PSL, antiga sigla de Bolsonaro, e é o partido com maior fundo eleitoral nas eleições deste ano. Na sexta (29), o presidente nacional do partido, deputado federal Luciano Bivar, manifestou à cúpula sua desistência da candidatura a presidente da República e o grupo passou a defender que o partido não tenha mais uma candidatura ao cargo.
A decisão ocorreu após uma articulação do ex-presidente Lula (PT), que buscou apoio do parlamentar. Bivar deve disputar a reeleição à Câmara Federal pelo Pernambuco. Nos bastidores, comenta-se que, além do pedido de Lula, Bivar estaria desmotivado pela falta de palanques nos estados, como em Mato Grosso. Dirigentes da sigla, contudo, pontuam que a candidatura era apenas para marcar posição, já que o nome do deputado não decolou nas pesquisas eleitorais e uma amarração nacional poderia inviabilizar deputados e governadores.
Por isso, mesmo neste cenário de aproximação com o PT, Júlio Campos avalia que Luciano Bivar, caso mantivesse a candidatura, não teria a maioria absoluta na convenção do partido e por isso, o União Brasil deve sinalizar a neutralidade ou liberação para seus filiados. “Em Mato Grosso 90% dos filiados apoiam Bolsonaro", argumenta o ex-governador.
“Essa eleição não tem partido, e sim candidato. Os partidos estão despinguelados", afirma o pré-candidato, que considera estranhas as eleições deste ano. A reportagem tentou contato com o senador Fábio Garcia, presidente do União em Mato Grosso para repercutir a decisão de Bivar, mas sem êxito.
O retorno de Júlio
O ex-governador volta às urnas em 2022, depois de passar por um transplante hepático em 2017. Ele afirma que com a experiência que ele possui, ele pode contribuir e muito para o Estado. Com 75 anos, Júlio Campos já foi governador, senador, deputado federal e prefeito de Várzea Grande. Ele se prepara para a primeira eleição a deputado estadual, ao qual pode ser um dos mais votados. “Tenho credibilidade”, garante Júlio.
Alex Oliveira/Caminho Político
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