"Essa é só a ponta do iceberg no mar de corrupção em que se encontra o Governo de Mauro Mendes", garantiu Emanuel. O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) denunciou, na tarde desta segunda-feira (05) forte esquema de corrupção no processo de licitação do BRT – opção do governador Mauro Mendes (União) para substituir o VLT em Cuiabá e Várzea Grande. Conforme denúncia do gestor cuiabano, Fernando Robério Borges Garcia, amigo pessoal do governador e pai de suplente de senador e candidato à deputado federal pelo (União) Fabio Garcia, tem relações societárias com empresa ligada à empresa Nova Engevix – vencedora da licitação para implantação do modal, orçada em quase R$500 milhões.
Segundo o prefeito, em uma busca de históricos da empresa vencedora da licitação do BRT, num verdadeiro “pente fino”, foram encontrados elos da Nova Engevix com empresa de Fernando Roberio Borges Garcia e com a própria Bimetal, do governador Mauro Mendes. “Consórcio PN Principe é a união da Nova Engevix com a Paulitec. Ela é associada de uma empresa chamada – CONCREMAT, um shopping center de consórcios, tem consórcios para todo canto do Brasil e essa – CONCREMAT é associada com a Novo Norte Ambiental Energia e Consultoria Ltda, de parentes do governador e do pai do candidato Fabinho Garcia e parceiro do governador, Fernando Robério de Borges Garcia”, apontou Emanuel Pinheiro.
“São evidências fortíssimas de corrupção. Esta denúncia se confirmada será o grande escândalo da política mato-grossense. E evidencia a força tarefa do governador Mauro Mendes para deixar apodrecer milhões em trilhos e vagões, ao invés de concluir o maior sonho dos cuiabanos e varzeagrandenses” diz Emanuel.
O prefeito enfatizou que recorrerá aos meios cíveis e criminais para solicitar apuração profunda dos fatos. “Vamos buscar os meios cíveis e criminais. Vamos provocar MP, TCE, justiça estadual e federal, TCU e os demais órgãos de controle que o caso requer. No mínimo isso tem que ter uma investigação séria e profunda”, ressaltou.
Pinheiro ainda enfatizou o dano que o crime de improbidade administrativa pode trazer à população e a importância da Assembleia Legislativa abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso.
“Os indícios de improbidade administrativa e de crime são fortíssimos. Quase que irrefutáveis e a AL precisa apurar com abertura de CPI” endossou Emanuel.
Outra situação apontada pelo prefeito é que as duas únicas empresas participantes da licitação do BRT são consorciadas em outros estados para execução de outras obras. Segundo ele, a Nova Lei de Licitações e Contratos (14.133), em 1º de abril de 2021, diz que não podem concorrer entre si empresas do mesmo grupo econômico, estabelecendo assim um novo marco legal das contratações públicas.
O novo regramento inclusive embasou decisão d TCE determinando que o Governo do Estado anulasse contrato com o Consórcio Rio Verde para administração das unidades do Ganha Tempo, em Mato Grosso.
Ponta do iceberg
O prefeito ainda declarou que esta “é só a ponta do iceberg no mar de corrupção em que se encontra o Governo de Mauro Mendes”. Ele afirmou que é prática de Mendes não gerir o Estado pensando no bem-estar do povo, mas pensando em beneficiar amigos e familiares. Ele confirmou também que o governador também já foi denunciado em outras irregularidades envolvendo o próprio filho, empresário Luis Antonio Taveira Mendes, amplamente divulgado pela imprensa há algum tempo atrás.
O filho do governador tem sociedade na empresa Zopone Engenharia e Construção, empresa vencedora de licitação de quase R$ 50 milhões para a execução de pavimentação asfáltica de 44 quilômetros da rodovia MT-140.
Assessoria/Caminho Político
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