O uso milionário de recursos públicos para a realização de shows nacionais em Mato Grosso voltou a gerar discussões entre os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Os parlamentares apresentam opiniões diferentes sobre o assunto, que deve ser apreciado pela atual legislatura. Conforme noticiou o Jornal A Gazeta nesta semana, o líder do governo no parlamento estadual, deputado Dilmar Dal Bosco (União), disse que vai pedir o restabelecimento do projeto de lei de autoria do governo do Estado, que visa limitar a R$ 300 mil a destinação de recursos públicos para shows e espetáculos.O projeto em questão foi apresentado em julho de 2022, depois de vir à tona polêmica envolvendo o financiamento de shows nacionais. A matéria, no entanto, foi arquivada após tramitar de forma lenta e não ser apreciada antes do encerramento da legislatura passada.“O projeto do governo limitava a emenda parlamentar em R$ 200 mil. Mas, nós temos um festival de inverno em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá) que é um evento grande. No ano passado, foi um mês de evento. Então, não tem como limitar em um valor desse. Então, vamos discutir novamente para trazer esse assunto novamente para o parlamento”, disse à rádio Capital.Enquanto Dilmar busca por um freio nos gastos com as atrações, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) defende que as apresentações nacionais são esperadas com muita ansiedade pela população, principalmente em cidades do interior.“Quem conhece o interior do Estado sabe como esses shows são aguardados, lá não tem shopping center, não tem jogos do futebol, Michael Jackson não aparece por lá. Então a expectativa é enorme da população esses eventos que geralmente é um festival de pesca ou rodeio, que recebem um artista de 3ª ou 4ª categoria”, disse ao programa Roda de Entrevista.O parlamentar acrescentou ainda que alguns municípios quase não recebem atrações de grande repercussão e são os únicos atrativos aos moradores em cidades menores. “Se você dividir o número de espectadores, pelo número que vãona arena, sai um valor muito pequeno por pessoa”, acrescentou.

Nenhum comentário:
Postar um comentário