Beatriz Vendramini Fávaro, filha mais nova do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deve ser convocada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as ações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Ela será chamada para prestar esclarecimentos sobre a “conquista” de uma propriedade de quase 850 hectares em Guarantã do Norte (a 708km de Cuiabá), terra que pertencia ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O requerimento de convocação será feito nesta sexta-feira (18), a pedido do deputado federal Evair Melo (PP-ES). Em entrevista exclusiva ao Geral MT, o parlamentar relatou que está interessado em descobrir como ocorreu a aquisição da propriedade que está registrada em nome da filha do ministro. “Eles invadiram uma terra pública por mais de 15 anos e depois, ele, no cargo de vice-governador, conseguiu ‘esquentar’”, avaliou.
A Fazenda Cristo Rei foi adquirida por usucapião, conforme documentos fornecidos pelo deputado federal Evair Melo (PP-ES). Documentações que comprovam a fala do próprio ministro durante sua participação na CPI, nesta quinta-feira (17).“Como eles puderam se apropriar de uma terra pública, trabalharam nela por pelo menos 15 anos e depois, em um tempo recorde, ele conseguiu a chamada usucapião, e essa fazenda está registrada em nome dela? Tudo isso ocorreu na época em que ele era vice-governador do Estado. Os próprios acampados de Mato Grosso têm esperado por 20, 30 anos a aquisição de terra. A filha dele terá que explicar como, tão jovem, conseguiu quase 900 hectares tão rapidamente, em uma área que equivale a cerca de 60 lotes de reforma agrária”, afirmou Evair.
Melo desconfia que a família de Carlos Fávaro não tenha ocupado o território por tempo suficiente para se enquadrar na usucapião. “Há dúvidas sobre a forma como a propriedade foi ocupada e adquirida, principalmente considerando que há indícios de irregularidades, ou seja, há incertezas se a área foi objeto de grilagem. Portanto, se isso for verdade, estamos falando de aproximadamente centenas de hectares de apropriação indevida, irregular e clandestina. É importante ressaltar que, para a usucapião, são necessários pelo menos 15 anos”, explicou o deputado Evair Melo.
O parlamentar também observou que o ministro Fávaro foi pouco preciso ao falar sobre a regularização da propriedade, o que aumentou a desconfiança. “Ele não apresentou informações suficientes para dissipar as dúvidas levantadas pelos membros da comissão”, observou.
Edy Santiago/Caminho político
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