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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Às vésperas da COP-28, desmatamento cresce em Mato Grosso e ameaça metas climáticas

Os dados são do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), que divulgou no último dia 10 a taxa oficial de corte raso medida nos nove estados da Amazônia Legal ao longo de um ano-calendário. Mato Grosso perdeu 2.086 km² de florestas nativas de agosto de 2022 a julho de 2023, um aumento de 8% em relação ao levantamento anterior, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Cerca de 72% dessa área foi derrubada sem autorização.
Os dados são do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), que divulgou no último dia 10 a taxa oficial de corte raso medida nos nove estados da Amazônia Legal ao longo de um ano-calendário.
No conjunto da região, houve redução de 22% na taxa de desmatamento. Em Mato Grosso, porém, o ritmo da destruição da floresta seguiu o caminho inverso, o que preocupa especialistas do Instituto Centro de Vida (ICV).
Em relatório preliminar divulgado nesta quarta-feira (22), a entidade aponta dúvidas sobre a possibilidade de o Estado alcançar a meta de redução do desmatamento prevista em compromissos internacionais. Daqui a menos de um mês, na Conferência do Clima de Dubai (COP-28), nos Emirados Árabes, o tema certamente será levantado nos debates.
“Este cenário mantém Mato Grosso distante de alcançar as metas estabelecidas em seus planos e estratégias estaduais e cumprir o compromisso internacional assumido durante a Conferência do Clima em Paris, em 2015, de reduzir o desmatamento, atingindo 571 km² por ano até 2030”, diz a entidade, em um trecho.
Ilegalidade
Os dados do Prodes mostram que o Estado foi o segundo da Amazônia Legal com mais área desmatada, atrás somente do Pará. Foram quase 5 mil polígonos de desmatamento detectados, sendo que apenas 180 deles responderam por 53% de toda área desmatada.
“Do total mapeado em 2023, 72,5% foi realizado em áreas sem autorizações válidas para desmate ou para supressão de vegetação emitidas pelo órgão ambiental estadual”, aponta o ICV.
A maior parte das derrubadas ilegais (75%) ocorreu em imóveis rurais com registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e quase a metade em grandes imóveis com mais de 1.500 hectares.
“No caso dos imóveis cadastrados, o desmatamento ilegal é altamente concentrado. Toda a área destruída se concentrou em apenas 1.258 imóveis”, aponta o relatório.
Neste ano, chamou a atenção o aumento expressivo dos desmates autorizados, que somaram 528 km², quase 23% a mais em relação ao levantamento anterior.
“É preciso desenvolver alternativas e práticas produtivas sustentáveis, que auxiliem na manutenção dos remanescentes florestais”, diz a entidade.
Ranking municipal
Mais da metade da derrubada de florestas em Mato Grosso no período analisado pelo ICV está concentrada em apenas 10 municípios – dentre os quais, nove estão na lista de municípios prioritários para ações de prevenção, controle e redução dos desmatamentos e degradação florestal, publicada pela Portaria GM/MMA Nº 834/2023.
Assim como em outros anos, o campeão é Colniza, no Noroeste do estado, com 149,2 km² de novas áreas abertas. A lista se completa com Nova Maringá, Nova Ubiratã, Juara, Marcelândia, Feliz Natal, Aripuanã, União do Sul, Porto dos Gaúchos e Apiacás.
Feliz Natal foi o município que apresentou a maior área de desmatamento autorizado, com 65,5 km², o que representou 66% de toda a área aberta no município.
O maior desmatamento (polígono contíguo) detectado no período ocorreu em Nova Ubiratã, se estendeu por quase 3 mil hectares e foi realizado sem autorização.
Áreas protegidas
Do total desmatado em Mato Grosso, 1,5% se deu em áreas protegidas, sendo 24,2 km² nas Terras Indígenas (TIs) e 3,8 km² nas Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral.
Com 5,3 km² de florestas derrubadas, a TI Manoki, localizada no município de Brasnorte, respondeu sozinha por 21% do desmatamento detectado em TIs no Estado.
Entre as Unidades de Conservação de Proteção Integral, a mais atingida foi a Estação Ecológica do Rio Roosevelt II, com 1,8 km² de desmatamento mapeado.
A Reserva Extrativista (Resex) Guariba Roosevelt, UC de Uso Sustentável, também sofreu com o avanço do desmatamento. Foram 7,25 km² de desmate na única Resex do estado, localizada nos municípios de Colniza, Aripuanã e Rondolândia.
Assessoria/Caminho político
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