Pelo menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas nos protestos que eclodiram na tarde de sexta-feira (09.02) em várias cidades do Senegal contra o adiamento das eleições. Pleito acontecerá em dezembro. A vítima, um estudante, morreu durante uma carga policial nas dependências da Universidade Gaston Berger, na cidade de Saint-Louis, no litoral norte do país, onde as autoridades dispersaram grupos de manifestantes com tiros e gás lacrimogéneo, segundo declarações de fontes médicas ao portal Senego. As manifestações também se repetiram noutras cidades do norte, como Louga e Mbacké, enquanto os protestos no sul foram dominados pela grande marcha realizada em Ziguinchor, na capital de Casamança, reduto do opositor preso Sonko.
O grande protesto na capital, Dakar, obrigou ao encerramento provisório da Place de la Nation, local para onde se dirigiram centenas de manifestantes que decidiram percorrer os bairros de Colobane e Medina, noticia a Radio France Internationale, que também denuncia alegados ataques da polícia a meios de comunicação mobilizados para cobrir os eventos.O Presidente do Senegal anunciou a decisão após o início de uma investigação sobre o processo de validação dos candidatos às eleições que se realizariam em 25 de fevereiro e das quais foram excluídas figuras proeminentes como o líder da oposição Ousmane Sonko e Karim Wade, filho do ex-presidente Abdoulaye Wade.
Desde o anúncio do adiamento eleitoral para meados de dezembro, as forças de segurança senegalesas detiveram dezenas de pessoas nos últimos dias.
Macky Sal prometeu continuar o diálogo com os atores políticos "para fortalecer a democracia" face a um processo eleitoral "transparente, livre e inclusivo".
Lusa/Caminho Político
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