“A partir das informações disponíveis até este momento, e considerando as incertezas envolvidas e margem de segurança, foram estabelecidas para as referências de alerta e inundação a serem consideradas no monitoramento realizado na estação Usina do Gasômetro, respectivamente os valores de 3m15cm e 3m60cm”, diz trecho do documento.
Na nota técnica, o governo do Estado explica que, à época da troca das réguas, não conseguiu deixar claro nas suas divulgações que a troca de equipamento geraria uma alteração no nível de medição. “Não foi possível deixar claro em todos os meios de divulgação do nível do Guaíba, que devido a características hidrodinâmicas, num mesmo instante de tempo o valor de nível registrado no Cais Mauá C6 (ou no Cais Central) não é o mesmo valor de nível registrado da Usina do Gasômetro”, diz trecho do documento.
A medição do Guaíba, historicamente, é feita pelo governo do Estado, na área mais central do Cais Mauá. Essa estação é nomeada no sistema de divulgação como “Cais Mauá – C6”.
Essa estrutura foi destruída pelo avanço das águas em 2 de maio, deixando o monitoramento do Guaíba temporariamente às escuras. Emergencialmente, equipes do governo do Estado instalaram, em 3 de maio, uma nova estação de medição do nível do Guaíba em outro ponto, mais ao Sul, onde havia condições técnicas de acesso.
O novo local também fica no Cais do Porto, nas proximidades da Usina do Gasômetro, a cerca de 2,5 quilômetros da estação anterior. Ao longo das últimas semanas, mesmo com a alteração de equipamento e de local, o governo do Estado seguiu chamando a nova estação de “Cais Mauá – C6” e continuou divulgando os dados na mesma série histórica.
Na nota técnica desta terça, contudo, o governo do Estado anunciou a mudança de nome da nova estação, para evitar que os dados sejam tratados como uma única série histórica.
“No dia seguinte (3/5/24) foi instalado novo sistema de medição emergencial de nível do Guaíba, mais ao sul do centro de Porto Alegre, que hoje estamos chamando de estação Usina do Gasômetro”, diz outro trecho do documento.
A informação técnica 21 de 2024 foi emitida pelo Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), estrutura do governo do Rio Grande do Sul responsável pelo tema. O documento foi construído com a colaboração científica de pesquisadores do IPH/UFRGS.
No texto, o governo do Estado anuncia ainda que vai reinstalar, futuramente, a régua que foi destruída pelas águas em 2 de maio.
GABRIEL JACOBSEN/Caminho Político
@caminhopolitico cpweb
Curta nosso Instagram: @caminhopoliticomt
Curta nosso facebook: /cp.web.96
Nenhum comentário:
Postar um comentário