O skate é um dos esportes mais novos do programa olímpico, tendo feito sua estreia em Tóquio 2020. E em Paris 2024, a disputa do park masculino terá uma cara nova: Augusto Akio. Natural de Curitiba, é conhecido também como Japinha por causa da origem oriental. Nascido nos anos 2000, é um dos grandes destaques da modalidade brasileira e leva a cultura do skate para a vida. Tudo começou aos sete anos de idade, na cidade paranaense. De primeira, o pai não gostava muito da ideia, mas acabou se rendendo quando percebeu como a prática esportiva ajudava na socialização do jovem e tímido Augusto.
DO VERT AO PARK E UMA ASCENSÃO METEÓRICA
O destaque na cena nacional começou quando Akio tinha 11 anos. Mas antes do park, veio o vert, o skate vertical, fruto de uma boa geração curitibana da modalidade.
Em 2019, ele alcançou o primeiro grande resultado da carreira, quando conquistou a medalha de bronze no Campeonato Mundial de Vert. Nessa época, o park ainda era uma realidade distante para Augusto Akio, que, consequentemente, não foi aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Augusto Akio aprende malabarismo
A transição do vert para o park foi gradual. Nesse meio tempo, durante a pandemia, o curitibano adicionou um talento ao extenso currículo: os malabarismos. Com a faculdade de Educação Física trancada e a suspensão dos campeonatos, Akio começou a jogar as coisas para cima e se aventurar no malabarismo.
Os malabares passaram a fazer parte da vida de Augusto, que mantém a prática até hoje, inclusive durante as competições de skate para se divertir e também treinar o raciocínio.
VICE-CAMPEÃO MUNDIAL E VAGA EM PARIS 2024
Já como um dos principais skatistas do Brasil, o ápice da carreira de Japinha até aqui aconteceu em fevereiro de 2023, no Mundial de Skate Park de Sharjah 2022, nos Emirados Árabes Unidos. Na ocasião, ele avançou para a final em primeiro lugar e acabou como vice-campeão, atrás de Jagger Eaton, dos Estados Unidos, e à frente do amigo e ídolo Pedro Barros.
Meses depois, foi o único brasileiro do park nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, e também saiu de lá com a prata. Por fim, ainda encerrou o ano na liderança do STU, o circuito brasileiro da modalidade. Com estes resultados, Augusto Akio foi o melhor brasileiros do ranking durante todo o ciclo olímpico.
A vaga em Paris 2024 foi carimbada em junho, quando ficou em quinto lugar no Olympic Qualifier Series (OQS) Budapeste 2024. Ele fechou como o sexto melhor skatista do mundo e vai a Paris em busca da segunda medalha brasileira no park masculino, depois da prata de Pedro Barros. E quem sabe, desta vez, ele traz o ouro para casa.
A FILOSOFIA DO SKATE NA VIDA DE AUGUSTO AKIO
Mais do que uma prática esportiva, o skate é uma filosofia de vida. Este é um valor compartilhado pelos skatistas, entre eles Augusto Akio. A competição importa e todo mundo quer ganhar, mas nem sempre isso é o mais importante.
Durante as provas, o senso coletivo prevalece. É comum ver um skatista torcendo e vibrando pelo outro. “Estava andando de skate com os meus amigos e torcendo para que eles acertem as manobras deles. Também quero acertar as minhas. Compreendo que para eles também não foi fácil estar debaixo do sol em prol do esporte, do entretenimento, da alegria e diversão. Meu propósito é me alegrar e me divertir. Se dizem que sou bom naquilo, acredito, e por que não dar o meu melhor?”.
E é desta forma que Japinha honra o apoio da família. Afinal de contas, foi o pai Altamiro Alves dos Santos que o levou para sua primeira competição. E é assim que Augusto Akio também espalha os valores do skate por onde vai, com sua alegria e leveza, seus malabarismos e manobras.
Assessoria/Caminho Político
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