O 07 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, sempre foi uma data carregada de simbolismo, representando a libertação de um país e a busca por uma nação soberana. Contudo, nos últimos tempos, essa data também nos convida a refletir sobre outra liberdade essencial: a liberdade de expressão. Em um momento em que opiniões podem ser facilmente silenciadas e vozes críticas marginalizadas, é vital lembrar que a verdadeira independência só existe quando podemos falar e ouvir a verdade sem medo de represálias. Neste contexto, não estamos tratando de ideologias políticas, mas de um direito básico: a liberdade de opinar e de expressar o que pensamos de forma honesta e construtiva. No Brasil, onde as redes sociais, como o “X” (antigo Twitter), têm sido palco de debates acalorados e às vezes distorcidos, surge a preocupação de que essa liberdade esteja sob ameaça. Não se trata de tomar partido, mas de garantir que cada cidadão tenha o direito de expressar seus pensamentos e de ouvir informações que não estejam enviesadas por interesses pessoais ou partidários.
Para os jornalistas, essa responsabilidade é ainda maior. O jornalista tem o dever de informar, não de influenciar com base em interesses políticos. Seu compromisso é com a verdade, sempre. Independentemente da corrente ideológica ou das pressões externas, a informação deve ser transmitida de maneira clara, precisa e imparcial. A função do jornalista é ser um mediador da realidade, não um manipulador dela.
Como assessores de imprensa, esse papel é igualmente crucial. A ética deve nortear cada ação, e usar a comunicação para atacar ou desmoralizar pessoas fere os princípios fundamentais da profissão. A liberdade de expressão não é licença para espalhar mentiras ou manipular informações. É um direito que exige responsabilidade, e com isso vem o compromisso de não infrigir a lei, mas de utilizar as palavras com sabedoria e justiça.
Neste Sete de Setembro, que possamos refletir sobre o verdadeiro significado de independência. Que sejamos independentes no pensar, no falar e no informar, sem medo de censura, mas também com o cuidado de não transformar essa liberdade em uma arma de desinformação. Que a imprensa, os jornalistas e todos os que trabalham com comunicação se comprometam a honrar essa liberdade, garantindo que ela seja sempre um caminho para a verdade e para a construção de uma sociedade mais justa e informada.
Ana Barros é jornalista em Cuiabá
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