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domingo, 24 de novembro de 2024

PELA HORA DA MORTE: Dino toma decisão radical sobre privatização de cemitérios e aciona Ricardo Nunes

Decisão do ministro do STF Flávio Dino determina ao prefeito de São Paulo Ricardo Nunes que tome medidas que acabem com preços extorsivos dos serviços funerários após privatizações.
Em reposta a uma ação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o ministro do STF Flávio Dino, relator do caso, determinou que a Prefeitura de São Paulo restabeleça a comercialização e cobrança dos serviços funerários nos preços anteriores à privatização. O PC do B ajuizou dia 11 uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a concessão da gestão de cemitérios e crematórios municipais de São Paulo à iniciativa privada. Na ADPF 1.196, o partido argumenta que a privatização resultou em aumentos abusivos dos preços dos serviços funerários.
O PCdoB pede a declaração de inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 17.180/2019, e do artigo 9, inciso VI, da Lei 16.703/2017, que disciplinam as concessões de cemitérios e crematórios públicos no âmbito do Plano Municipal de Desestatização (PMD). A legenda sustenta que a Lei Orgânica do Município de São Paulo define a gestão do serviços funerários e cemiteriais como "típicos serviços municipais". [Jota]
Na ação, o PC do B lista vários casos de abusos de preços das concessionárias.
A ofensa ao princípio fundante da República Federativa do Brasil – dignidade da pessoa humana – inscrita no inciso III, art.1º da C.F., reside justamente na hiper exploração comercial no momento de maior fragilidade emocional dos cidadãos e das cidadãs, impondo as famílias enlutadas, sofrimento extra à perda do ente querido, reduzindo a dimensão da vida e da dignidade humana a uma expressão monetária vil, escorchante, revestida de crueldade na qual a dignidade se esvai, ante a exigência estúpida do capital privado, que não tem na prestação dos serviços funerários e cemiteriais um fim em si mesmo, mas extração de lucratividade, quanto maior melhor e nesta toada, o sofrimento de quem perde um ente querido só aumenta e a dignidade humana é liquidada definitivamente.
A incompatibilidade entre iniciativa privada em alguns serviços típicos a serem prestados pelo estado genericamente considerado, é absoluta, não havendo espaço para relativizações, e entre estes serviços, “in casu” destacamos os serviços funerários, é gritante por sua carga de desumanidade, dignidade humana versus lucro e para aumentar a remuneração do capital, toda a sorte de artifícios é lançada contra os incautos, que só querem se despedir com dignidade do seu familiar, do seu ente querido. [trecho da ação]
Decisão de Dino
O ministro Flávio Dino decidiu que os preços devem respeitar o teto dos anteriores às privatização, com atualização pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Como o prefeito Ricardo Nunes vai obedecer à decisão do ministro, ordenando seu cumprimento pelas concessionárias ou simplesmente tornando sem efeito as privatizações, é decisão que cabe ao prefeito.
"Com isso, objetiva-se evitar danos irreparáveis ou de difícil reparação em desfavor das famílias paulistanas, em face de um serviço público aparentemente em desacordo com direitos fundamentais e com valores morais básicos" —escreveu Dino.
Como era antes das privatizações, e o abuso
Antes da concessão, o valor total do pacote para enterro de uma pessoa ficava em R$ 428,04, na categoria "popular". Já na "padrão", o custo era de R$ 863, e R$ 1.507,32, na "luxo", segundo a pesquisa do Sindsep divulgado pela Agência Brasil. Depois da privatização, os valores aumentaram para R$ 1.494,14; R$ 3.408,05; e R$ 5.737,25, respectivamente.
Na cremação, antes do serviços ser transferido à iniciativa privada, o serviço custava R$ 609,76, na categoria "popular"; R$ 1.126,25, na "padrão"; e R$ 2.244,43, na "luxo". Após a concessão, os valores subiram para R$ 2.333,20; R$ 5.487,91; e R$ 7.804,95, respectivamente.
Pacote utilizado no levantamento considera a venda de caixão com revestimento interno, enfeite floral, velas e véu. Também está incluso o carro de remoção e de enterro/cremação, aluguel da sala de velório, de paramentos funerários e de mesa de condolência. [UOL, Agência Brasil]
Nota da Prefeitura
Em nota enviada à Fórum publicada a seguir a Prefeitura critica a decisão do ministro Flávio Dino e acusa uso político pelo PC do B.
A Prefeitura de São Paulo entende que a medida é um retrocesso às ações adotadas pela administração para atender os mais pobres. A decisão do STF elimina, por exemplo, o desconto de 25% do funeral social garantido pela nova modelagem.
Vimos, portanto, com preocupação uma decisão que, na realidade, provoca a perda de benefícios. Vale ressaltar ainda que a ação foi baseada em reportagens já contestadas pela Prefeitura após publicação de valores equivocados ou incomparáveis.
Por fim, a Prefeitura lamenta o uso político por partidos (Partido Comunista do Brasil) que tentam provocar um retrocesso numa concessão que tem beneficiado diretamente a população, especialmente as famílias mais vulneráveis.
Aguardamos outra nota explicando como o aumento dos valores nos serviços funerários criticado pelo ministro pode estar beneficiando "diretamente a população, especialmente as mais vulneráveis", como aponta a nota.
Antonio Mello/Revista Fórum/Caminho Político
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