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PROGRAMA ADILSON COSTA com RÉGIS OLIVEIRA

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domingo, 15 de junho de 2025

Saúde boa não vira tendência, exige constância

Se você também anda ouvindo que basta aplicar uma medicação e “tchum!”, o corpo muda como mágica — respira fundo, porque a conversa aqui vai ser um pouco mais profunda. E leve, prometo. Só com ciência boa, bom senso… e cuidado de verdade.
A gente vive um momento em que a saúde virou manchete, dancinha e vídeo de 15 segundos. Toda semana tem uma nova promessa: um suplemento milagroso, um jejum diferente e, claro, a famosa canetinha que virou celebridade. A verdade é que, sim, algumas dessas estratégias têm evidência científica, funcionam sim, e podem fazer parte de um plano seguro — desde que com acompanhamento sério, com critério, e sem esquecer do resto.
Porque o segredo está, também, em perguntar: isso faz sentido pra mim? Está alinhado com meu corpo, minha rotina, minha saúde emocional? E é aí que a Medicina de Família, que olha para o todo, entra.
O que a ciência mostra? Estudos como o publicado no The Lancet Diabetes & Endocrinology em 2024 mostram que, ao usar certos medicamentos para perda de peso, a perda de massa magra (massa livre de gordura) variou de 25% a 39% do peso total perdido ao longo de 36 a 72 semanas de tratamento, ou seja, junto com a gordura, o músculo também vai embora se você não cuidar do estilo de vida. Isso significa que, se a pessoa não faz treino de força, não ingere proteína suficiente, não dorme bem, e vive estressada… o resultado pode até parecer bom no espelho por um tempo, mas não é sustentável — nem bonito, nem saudável, nem justo com o seu corpo.
O músculo regula o metabolismo, protege os ossos, dá energia e previne doenças como o diabetes tipo 2, a sarcopenia (perda muscular associada ao envelhecimento), e até certos tipos de câncer.
Mas então… é errado usar medicações? Não. Muito pelo contrário. Há casos em que elas são bem indicadas, trazem benefícios reais à saúde e aliviam o sofrimento. A diferença está no como e no porquê. O problema é usar como atalho sem fazer o caminho. É cair na armadilha do “eu quero agora” sem estruturar os pilares invisíveis: sono, alimentação de verdade, movimento, saúde emocional e rotina.
Além disso, nem todo mundo vai contar que está fraco, com compulsão alimentar ou com o intestino desregulado — e muito menos que está se sentindo perdido, mesmo com o peso “ideal”.
Comparar sua jornada com recortes editados da vida alheia é um atalho para frustração. E é aí que começam os ciclos de ansiedade, desistência e autocrítica que, ironicamente, engordam mais do que chocolate.
O bom acompanhamento médico entra no centro do cuidado, como quem caminha junto. E assim, montar uma estratégia possível, sustentável e eficaz de verdade. E o melhor de tudo? Quando você cuida da sua saúde com orientação, o resto vem. A estética vem. A autoestima floresce. O corpo responde. E a vida ganha outra cor — não de filtro, mas de realidade boa.
Porque saúde boa mesmo não vira modinha. Ela exige constância, verdade, escuta e escolhas conscientes.
Dra. Silvia Carolina Pereira de Souza, Médica de Família e Comunidade na Clínica Vida Diagnóstico e Saúde (RQE 6033, CRM-MT 8945)

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