O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou há pouco que o Brasil merece respeito e criticou a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar novas taxações contra o País. “O presidente americano não tinha direito de anunciar taxações como anunciou ao Brasil”, disse durante abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio Itamaraty. Segundo Lula, Trump poderia ter ligado a ele ou ao vice-presidente Geraldo Alckmin, já que haveria disposição para diálogo. Ele acrescentou ainda que a medida não se trata de uma questão política, mas sim eleitoral.
O presidente reforçou que o Brasil merece respeito no cenário internacional e destacou seu papel como exemplo de País negociador. “Tem gente que acha que a gente é vira lata, tem gente que não gosta de se respeitar. E ninguém pode dizer que tem um governo que gosta mais de negociar do que nós. Eu nasci na vida política negociando [...] nesse mundo, ninguém me dá lição de negociação”, afirmou, ao reiterar que já lidou com vários magnatas.
Ele criticou a ausência de figuras nacionalistas no País e emendou que, hoje, os empresários são mais mercantilistas. O presidente voltou a afirmar que o Brasil não pode depender de um único país e reiterou que está cansado de ser tratado como pertencente ao Terceiro Mundo.
Lula disse que o dia 30 de julho de 2025, data em que os EUA oficializaram o tarifaço contra o Brasil e a aplicação de sanções ao ministro Alexandre de Moraes, “entrará para a história como marco lastimável na relação Brasil-EUA”. Para Lula, o “multilateralismo passa por momento crítico”.
“Vários setores da economia são afetados pela covardia dos que se associaram a interesses alheios a nossa nação”, ressaltou Lula, destacando que a “interferência nos Poderes brasileiros contou com auxílio de verdadeiros traidores da Pátria”.“Proteger nossa soberania é interesse que está acima de todos os partidos. O governo não transigirá e não vacilará em defender a soberania brasileira”, reforçou.
Pix
Outro assunto abordado pelo presidente foi o Pix e as reclamações dos Estados Unidos. “Sabe qual a preocupação deles? Se o Pix tomar conta do mundo, os cartões de crédito irão desaparecer. E é isso que está por trás dessa loucura contra o Brasil. Por isso nós não podemos ser penalizados por desenvolver um sistema gratuito e eficiente”, emendou.
Lula disse que o Pix é um patrimônio nacional e referência internacional de infraestrutura pública digital. “E aqui eu gostaria que o presidente Trump fizesse experiência com Pix nos Estados Unidos”, emendou durante abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio Itamaraty.
O presidente afirmou que não há justificativas para medidas unilaterais por parte dos Estados Unidos contra o Brasil. Ele enfatizou que as alegações sobre o Pix, a regulamentação das redes sociais e o desmatamento são descabidas.
Lula disse que vai ligar para Trump para convidá-lo para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30) que será realizada em novembro deste ano em Belém. “Não vou ligar para o Trump para conversar, não, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP. Porque quero saber o que ele pensa da questão climática. Vou ter a gentileza de ligar”, disse Lula na abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio Itamaraty.
Lula ainda brincou que, apesar de a Amazônia ser conhecida como o “pulmão do mundo”, a dívida externa brasileira “é a nossa pneumonia”.
Haddad
Lula elogiou Fernando Haddad, e disse que o trabalho do ministro seria “muito fácil” se o País estivesse preocupado com apenas 35% da população, mas que é preciso “fazer opção” para governar.
“Seria muito fácil o Haddad ser ministro da Fazenda de um País se preocupasse com 35% da população. Seria muito fácil. Mas quando você resolve colocar todo mundo na mesma mesa, você tem de tomar decisões”, disse Lula.
Ele também disse que pensou em fazer uma “verdadeira festa” pela saída do Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), mas a notícia foi ofuscada pelo tarifaço imposto pelos EUA ao Brasil.
Na avaliação do presidente, as parcelas mais pobres da população formam um “exército de invisíveis” que só são enxergados durante as eleições. “Na época da eleição, é um milagre. Pode ter certeza que esse exército de invisíveis fica mais conhecido do que toda a Faria Lima”, disse.
Lula ainda disse que o seu governo tem dificuldade de “falar tudo o que está sendo feito” e que “nem há dinheiro para a comunicação” de todos os programas do governo. “É muita coisa que acontece todos os dias”, afirmou.
Assessoria/Lavínia Kaucz/Gabriel de Sousa/Giordanna Neves/Caminho Político
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