Em meio a gestos de aproximação, o governador Mauro Mendes e o senador Jayme Campos, ambos do União Brasil, sinalizaram a possibilidade de aparar arestas e manterem-se no mesmo grupo político para as eleições de 2026. Após meses de tensões e divergências, que desgastaram a imagem do partido e de seus líderes, a movimentação busca evitar um racha interno que poderia comprometer as pretensões eleitorais da sigla.
Mauro Mendes e a disputa pelo Senado
Mauro Mendes, que nos bastidores flerta com o PL e articula a migração do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) para o campo bolsonarista, reforçou indiretamente sua pré-candidatura a uma das duas vagas ao Senado. Para não acirrar ainda mais os ânimos, deixou aberta a possibilidade de Jayme Campos disputar a outra vaga.
Jayme está no fim de seu mandato de oito anos, assim como Carlos Fávaro (PSD), eleito em 2020 em eleição suplementar após a cassação da então senadora Selma Arruda (Podemos).
Pressão bolsonarista e composição de chapa
Com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, os bolsonaristas em Mato Grosso defendem a candidatura de Mauro Mendes ao Senado, mas impõem como contrapeso a presença do deputado federal José Medeiros (PL) na chapa. A dificuldade está em fechar alianças sem um consenso partidário, o que pode gerar instabilidade e até um racha dentro do União Brasil.
Disputa pelo Governo do Estado
Apesar da relevância da eleição para o Senado, a maior atenção tende a se concentrar na disputa pelo Governo do Estado. Caso Mauro Mendes se desincompatibilize, o grupo deve lançar Otaviano Pivetta como candidato. No entanto, a candidatura pode esbarrar em Wellington Fagundes (PL), que, mesmo não sendo favorito entre prefeitos das maiores cidades, conta com a confiança do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto.
Outro possível obstáculo seria o próprio Jayme Campos, que pode optar por disputar o Governo com o aval da cúpula nacional do União Brasil e da federação com o PP, atrapalhando os planos de continuidade de Mauro e Pivetta no poder.
Outros cenários possíveis
Além de Mauro, Pivetta, Jayme e Wellington, o cenário ainda pode contar com:
Natasha Slhessarenko (PSD), como candidata ao Governo, com Carlos Fávaro buscando a reeleição ao Senado.
Janaina Riva (MDB), presidente regional do partido, que pode lançar candidatura majoritária tanto ao Governo quanto ao Senado.
O quadro eleitoral em Mato Grosso para 2026 se desenha como um dos mais complexos dos últimos anos. A indefinição sobre alianças e candidaturas coloca, no mínimo, quatro nomes fortes na disputa pelo Governo e múltiplas possibilidades para o Senado. A recente declaração de Mauro Mendes, de que Jayme Campos pode disputar a reeleição ao seu lado, abre espaço para negociações, mas também revela a delicadeza das articulações. O resultado dependerá da capacidade dos líderes de conciliar interesses e evitar divisões internas que possam comprometer suas chances no pleito.
Assessoria/Caminho Político
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