O requerimento para a segunda convocação do governador de Goiás,
Marconi Perillo (PSDB), pode ser votado pela CPI do Cachoeira no início
de agosto, logo após o fim do recesso parlamentar.
A informação é do presidente da comissão, Vital do Rêgo (PMDB-PB),
que fez ontem um balanço dos primeiros meses de trabalho. Ele rebateu
críticas da oposição de que haveria uso político da CPI.
Segundo o senador, todos os requerimentos apresentados entrarão na
pauta, como vem ocorrendo em outras reuniões administrativas da CPI.
A reconvocação do governador Perillo é uma decisão colegiada. O
requerimento já foi posto na Casa. Nós esperamos que na próxima reunião
administrativa esse requerimento, como outros tantos, possa ser
apreciado — afirmou o senador, após garantir que todos os requerimentos
são incluídos na pauta e tratados com a mesma prioridade.
Marconi já prestou esclarecimentos à CPI no dia 12 de junho. O
requerimento para uma nova convocação foi apresentado pelo senador
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Segundo a revista Época, o governador
recebeu propina para liberar pagamentos do governo do estado à
empreiteira Delta.
O acerto teria ocorrido por meio da venda da casa de Marconi, onde
Cachoeira foi preso pela Polícia Federal em fevereiro deste ano.
Anteontem, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse
que a reconvocação seria uma estratégia para atingir a oposição às
vésperas das eleições municipais, marcadas para outubro, e do julgamento
do mensalão, em agosto.
Partidos
Para Vital, o grande número de testemunhas ligadas a Marconi, ao
contrário do apontado por oposicionistas, nada tem a ver com questões
partidárias, e sim com a localização da organização criminosa, cuja
atuação se daria principalmente em Goiás. O senador garantiu que os
desentendimentos entre PT e PSDB não inviabilizarão os trabalhos.
A presidência [da CPI] vai conduzir [os trabalhos] para que a questão política não atrapalhe a eficiência dos trabalhos.
Jornal do Senado
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