Servidores podem atuar como multiplicadores na conscientização da Lei Maria da Penha, segundo participantes de debate.
Com representantes da Polícia Civil e do Poder Judiciário do Distrito
Federal, o Senado fez ontem uma mesa-redonda sobre o combate à
violência doméstica. O tema atinge milhares de mulheres no Brasil e no
mundo. Inserido no Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, o evento foi
uma iniciativa da Secretaria de Recursos Humanos e teve como objetivo
discutir a legislação, avanços da Lei Maria da Penha e conscientização.
A diretora-geral-adjunta do Senado, Rosa Vasconcelos, disse que a violência doméstica atinge todas as classes sociais.
Quase 30 % das mulheres não procuram ajuda por vergonha ou medo — afirmou.
Um em cada cinco casos de faltas da mulher ao trabalho deve-se a
casos de violência doméstica, segundo o diretor-adjunto da Secretaria de
Recursos Humanos do Senado, Evandro Perissê.
A consultora do Senado
Cleide de Oliveira acrescentou que o objetivo dos debates é possibilitar
que as pessoas do Senado atuem também como multiplicadores, divulgando a
Lei Maria da Penha, que hoje é considerada a terceira melhor legislação
do mundo.
Gestor
da Subsecretaria Especializada em Violência e Família do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios, Sérgio Alberto Maciel falou
sobre aspectos psicossociais.
A mulher violentada desiste de tomar providência quando acredita que nada poderá ajudá-la — afirmou.
O Distrito Federal é um dos campeões em denúncias de violência
doméstica, segundo a delegada-chefe da Delegacia Especializada no
Atendimento à Mulher, Ana Cristina Santiago. Ela explicou, no entanto,
que isso pode ser positivo.
Significa que estão denunciando mais. O crime começa com ciúme e
crescendo até desconstruir a mulher, que chega esvaziada à delegacia.
Isso quando não há homicídio.
O titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher do Núcleo Bandeirante, Ben-Hur Viza, disse que a rede de proteção
à mulher tem três eixos: comunitário, policial e judicial.
São eixos que se interagem para proporcionar segurança à mulher que
rompeu com elos familiares para se libertar da violência — disse.
Jornal do Senado
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