Representantes de partidos políticos participaram, na manhã desta quarta-feira (17/09), da reunião de credenciamento para participação na votação paralela, que é uma espécie de auditoria das urnas eletrônicas. O encontro foi realizado na antessala do Plenário do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), conduzido pela Comissão de Votação Paralela das Eleições Gerais de 2014 e contou com a presença de integrantes do DEM, PRTB e PSOL.
Cada partido recebeu 200 cédulas de votação não oficiais, que devem ser preenchidas e entregues ao TRE na próxima segunda-feira, dia 22 de setembro, até às 13h30. Os votos serão depositados numa urna de lona e “cantados” (anunciados oralmente) na votação paralela, que ocorre nos mesmos dia e horário do pleito oficial, em 05 de outubro. O presidente da Comissão de Votação Paralela, juiz Gilberto Bussiki, ressalta a importância do procedimento. “Esta auditoria é fundamental para dirimir qualquer dúvida da sociedade com relação à segurança do voto”.
Duas urnas, uma do interior do Estado e uma de Cuiabá, serão sorteadas no dia 04 de outubro, véspera das Eleições Gerais 2014, para a realização da votação paralela. Segundo a secretária da Comissão, Rosely Saboia, o trajeto das urnas até o TRE-MT também é acompanhado pelos representantes de partidos. “Todo o processo é feito com vistas a atestar a fidedignidade do sistema eletrônico de votação”, frisou.
A auditoria das urnas também é valorizada pelos representantes dos partidos políticos e coligações. É o caso do presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Samuel Lemes da Silva. “Tanto para a sociedade quanto para nós, líderes partidários, a votação paralela representa a segurança de que não há fraudes nas eleições”, salientou.
Sobre a votação paralela
No mesmo dia e hora da eleição oficial, depois que os fiscais dos partidos e representantes das coligações verificam a assinatura e o resumo digital dos sistemas eleitorais, começa a votação paralela. Esses fiscais votam em cédulas de papel, que são armazenadas em urnas de lona. Os candidatos a serem votados, que são previamente estabelecidos e de conhecimento de todos os presentes, deverão constar da urna eletrônica.
A urna de lona é aberta e os votos são retirados, um a um, lidos e digitados em um microcomputador, onde está instalado o sistema de apoio à votação paralela. O sistema imprime duas vias de cada voto. Uma via é anexada à cédula em papel e, a outra, é utilizada para a votação na urna eletrônica. Neste momento, quem for votar na urna eletrônica deve permitir a filmagem da via impressa pelo sistema de vídeo e ler em voz alta o conteúdo da cédula ao mesmo tempo em que digita os dados no equipamento.
A votação paralela termina às 17h, assim como ocorre no pleito oficial. O sistema imprime relatórios contendo comparativos com o sistema de votação paralela, para aferição dos resultados. Esta auditoria está prevista na Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.397/2013, Capítulo VII. Todos os documentos e materiais utilizados pela votação ficam guardados, por pelo menos 60 dias, na Secretaria Judiciária dos TREs, ou até o trânsito em julgado de qualquer recurso ajuizado contra o procedimento.
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