A necessidadedeconstruir
um plano nacional de apoio à
cultura do cacau e de valorizar
o órgão criado pelo governo
federal para lidar com questões
da lavoura do fruto foram os
principais temas em debate
durante audiência pública
da Comissão de Agricultura
e Reforma Agrária (CRA) na
sexta, em Ilhéus e Itabuna (BA).
Coordenada pela senadora
Ana Amélia (PP-RS), presidente
da CRA, a audiência
teve participação de Lídice da
Mata (PSB-BA), deputados,
agricultores, pesquisadores e
representantes do governo da
Bahia e de cidades da região.
Ana Amélia ressaltou a importância
econômica para a
região sul da Bahia, lembrando
que a cultura do cacau no estado
contribui para que o Brasil
seja o sexto maior produtor
mundial. Ela mostrou preocupação
com o esvaziamento da
Comissão Executiva do Plano
da Lavoura Cacaueira (Ceplac),
ligada ao governo.
Ela destacou
a realização de concursos pú-
blicos para o preenchimento
de vagas abertas no quadro
técnico da comissão.
— O órgão passa por redu-
ções sucessivas de orçamento e
precisa ter resgatado o seu papel
de suporte aos produtores
de cacau — afirmou.
Já Lídice disse que é preciso
discutir um plano nacional
para a lavoura cacaueira e
ressaltou a importância de
aprovar projeto de sua autoria
(PLS 93/2015) que prevê teor
mínimo de 35% de cacau puro
nos chocolates produzidos e
comercializados no país.
— Isso representa uma agregação
de valor ao cacau, que
antes era exportado de forma
bruta e ganha cada vez mais
mercado ao ser processado
como chocolate. Além do setor
agropecuário, a iniciativa
também beneficia o setor de
turismo, que pode ser facilmente
incluído no processo
que agrega toda a cadeia produtiva
do cacau — explicou.
O secretário estadual de Desenvolvimento
Agropecuário e
de Pesca do Pará, Hildegardo
Nunes, disse que a cultura
do cacau possui grande valor
ambiental, pois é responsável
pela preservação de grande
parte da Mata Atlântica e de
parte da Floresta Amazônica.
Henrique Almeida, presidente
da Biofábrica do Cacau
e integrante do Conselho
Superior da Associação dos
Produtores de Cacau da Bahia,
defendeu a implantação de um
marco regulador semelhante
ao do café e a criação de categorias
especiais do chocolate.
Também participaram o deputado
federal Bebeto Galvão
(PSB-BA), autor de projeto na
Câmara que também beneficia
a cultura cacaueira, o deputado
estadual Eduardo Salles (PPBA)
e o prefeito de Ilhéus, Jabes
Ribeiro, entre outros.
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