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segunda-feira, 27 de abril de 2015

"Juventudes de nove partidos políticos se unem contra a redução da maioridade penal"

Núcleos da juventude de nove partidos políticos se reuniram na sede do PMDB Nacional, em Brasília, e se uniram para lutar contra a redução da maioridade penal. Os dirigentes de juventudes partidárias divulgaram uma nota, nesta quarta feira (15), se posicionando contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171/93, que está sendo discutida em Comissão Especial na Câmara dos Deputados.

O presidente da Juventude do PMDB, Pablo Rezende (GO), considerou que a reunião das juventudes partidárias foi importante para traçar estratégias e construir um documento de unidade, já que estão ocorrendo vários movimentos de núcleos partidários e movimentos sociais integrados por jovens, em todo o país, contrários á redução da maioridade. “Estamos empunhando a bandeira contra a redução da maioridade penal e nos unindo em defesa da juventude brasileira”, disse.

A nota divulgada pelos dirigentes de juventudes partidárias destaca que o jovem não é indutor da violência no Brasil, mas, sim, a principal vítima num país que é o 4º maior em mortalidade de jovens. Para os líderes políticos da juventude, reduzir a maioridade penal não atende à verdadeira necessidade dos jovens.

Além da JPMDB, participaram da reunião as juventudes partidárias JPT, UJS, JPSDB, JSB, JPDT, JPV, Juventude do PROS, e JPS.  O encontro contou também com a participação dos presidentes da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), Bárbara Melo; da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros e a Presidente do CONJUVE (Conselho Nacional de Juventude), Ângela Guimarães.

Leia a nota na íntegra:

Juventude unida em luta contra a redução da maioridade penal

Está em tramitação no Congresso Nacional o PEC 171/93 que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. O projeto foi aprovado na CCJ da Câmara de Deputados e segue em tramitação no Congresso Nacional.

O jovem é a principal vítima e não indutor da violência, o Brasil é o 4° país com maior mortalidade de juventude por causa externa, número maior do que os países que estão em conflito armado. Os mais atingidos são os negros e pobres da periferia, que assim como o menino Eduardo, Lucas e DG são vítimas do tráfico e da violência policial todos os dias em nome “da boa ordem e segurança”, os mesmos argumentos utilizados para defender a redução da maioridade penal.

A redução da maioridade penal vem na contramão do que verdadeiramente a juventude precisa, criminalizar e encarcerar a juventude é uma falsa solução para a segurança pública. O jovem marginalizado é resultado de um Estado marcado por injustiças sociais, sem acesso pleno à educação, saúde, saneamento, transporte, onde o tráfico alicia jovens e cumpre o papel de proteção que o Estado deveria cumprir e serve de referência para a comunidade.

O Estatuto da Criança e do Adolescente já responsabiliza os jovens infratores, prevendo a recuperação e inserção desses jovens na sociedade. A reincidência de adolescentes infratores é de 20%, bem longe dos 70% do Sistema Penitenciário brasileiro que sofre uma super lotação e não tem nenhuma capacidade de reinserção dos detentos na sociedade, se transformando numa verdadeira faculdade para o crime organizado.

54 Países reduziram a maioridade penal e não obtiveram diminuição dos índices de violência, Estados Unidos e Alemanha reduziram a maioridade penal e voltaram atrás na decisão e, 70% dos países adotam a maioridade penal de 18 anos. No Brasil apenas 0,5% dos casos de violência são praticados por adolescentes, uma minoria, o que demonstra que o debate está sendo tratado pelas exceções.

O grave problema da violência no Brasil e da impunidade onde o principal agente é a incapacidade do Estado investigar e cumprir as leis, não será resolvido com o encarceramento da juventude que já responsabilizada pelas infrações cometidas, ações na área da educação trazem significativo impacto no combate à violência, criar mais escolas para aos poucos fechar presídios.


Contra a redução da maioridade penal! Não a PEC 171/93

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