A fim de evitar a paralisação dos médicos da Capital na próxima terça-feira (15), a Câmara de Cuiabá irá intermediar a discussão entre a categoria e o Executivo Municipal. A intenção é que se chegue a um consenso a cerca da situação para que não haja a necessidade de greve.
“Vamos fazer um fórum de discussão até terça para debater este assunto. Nós, vereadores, nos comprometemos a trazer o
Executivo para este debate e tentar evitar a greve, que só irá prejudicar a nossa população que depende do atendimento”, garantiu o presidente da Casa de Leis, vereador Julio Pinheiro (PTB).
A intervenção do Parlamento Municipal se deu após provocação do Sindicato dos Médicos. Representantes da entidade estiveram na Casa de Leis na noite desta terça-feira (11) solicitando o auxílio dos vereadores.
Na oportunidade, a presidente do Sindmed, Eliana Maria Siqueira Carvalho, fez uso da tribuna para explanar a situação dos profissionais da saúde. De acordo com ela, há um total descaso da Prefeitura com a categoria.
“Nós já tentamos conversar diretamente com o Executivo, o Judiciário já interviu, tanto que todos os acordos que fizemos foi perante junta de conciliação, e nada tem tido eficácia. Precisamos de uma intervenção efetiva, pois a Prefeitura não está levando a sério nem o judiciário e nem o papel que tem que desempenhar”, relatou Eliana.
A classe reivindica melhores condições estruturais de trabalho, bem como reajuste salarial com a incorporação do conhecido “mensalinho” a remuneração, e o pagamento referente ao a revisão no INPC.
“A Lei que garante a revisão do INPC não está sendo cumprida desde 2009. Há o decreto, mas não há o pagamento. Então estamos sem a correção dos valores há cinco anos. Já referente ao prêmio saúde, que é conhecido como mensalinho, o valor difere muito de um funcionário para outro e não tem vindo como bonificação”, relata.
Além disso, os profissionais ainda pleiteiam a contratação de mais médicos para suprir o déficit das unidades de saúde e, consequentemente reduzir a fila de espera do Sistema único de Saúde.
De acordo com a presidente do Sindmed, atualmente há mais de 70 mil pessoas aguardando consulta, exames e outros procedimentos médicos. “O quadro de médicos está 50% defasado. Mais de dez especialistas lotados nas policlínicas já pediram demissão por conta do baixo salário. Outros ainda não pediram, porque a gente esta insistindo”, conta.
Diante do exposto, todos os vereadores se comprometeram em ajudar os profissionais nesta negociação. A frente deste embate está os vereadores Maurélio Ribeiro (PSDB), Ricardo Saad (PSDB) e Paulo Araújo. Todos ligados ao setor da saúde pública.
Kamila Arruda.
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