Atualmente, a rede física escolar do município apresenta 96 unidades com
infraestrutura em condições ruins e péssimas. Diante da situação, a Prefeitura
de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), trabalha na
elaboração de um novo conceito de manutenção para os centros de ensino Infantil
e Fundamental da capital focado no caráter preventivo e
corretivo.
"Eu acredito que a política administrativa de reformas
que, até então, vem sendo empregada está equivocada porque se gasta muito em
reformas no sentido de serem corretivas, ou seja, depois que estraga se faz a
manutenção. Então, não existia nenhum plano de manutenção preventiva e o foco
precisa ser modificado", explicou o secretário de Educação, Rafael Cotrim.
O novo conceito levou em conta as denúncias do próprio prefeito Emanuel
Pinheiro divulgado nas redes sociais, requerimento de vereadores, repercussão
da mídia, entre outros. Ao se deparar com a situação quando assumiu a pasta de
Educação, o novo gestor, há quase 90 dias à frente da secretaria, determinou um
levantamento que originou a necessidade do novo modelo.
Segundo o secretário, esse grande programa de prevenção propiciará, em
médio prazo, o menor custo em reparos de emergência. De 2014 à 2016, cerca de
R$ 31 milhões foram gastos em reforma emergencial e a tendência é diminuir esse
montante com a aplicação do conceito de trabalhos preventivos e corretivos.
Entretanto, para colocar em funcionamento essa nova metodologia nas
unidades em condições precárias, é preciso uma grande ação de reconstrução.
"Estamos buscando alternativas, porém existem escolas que estão com o
prazo de utilização vencidas, diante disso estamos criando um grande plano de
reconstrução da rede física", revelou Cotrim.
O programa de reconstrução, em fase final de conclusão, estabelece um
modelo de escola padrão para rede municipal de ensino que levará em conta a
questão térmica, acústica, conforto, entre outros pontos com o objetivo de
constituir uma maior durabilidade na vida útil da estrutura física da unidade,
o que garante maior investimento da principal linha de recurso do município, a
fonte 100.
Essa ferramenta de gestão será a grande "arma" para combater o
desperdício de recursos públicos, ou seja, o planejamento será o foco da pasta
de Educação para garantir mais recursos para a necessidade de custeio dos
equipamentos públicos especiais.
Infraestrutura Precária
Das 96 unidades de ensino na capital com condições ruins e péssimas
estão, principalmente, as escolas municipais de Educação Fundamental, tanto do
campo quanto as urbanas, além das creches municipais (Educação Infantil).
São necessários R$ 57,8 milhões para serem investidos em reformas de
banheiros, cozinhas, vedações, esquadrias, revestimentos, drenagem,
reservatórios e sistema de tratamento de esgoto das respectivas unidades.
Reformas em Licitação
Ao todo, para os serviços de substituição de cobertura (telhado), forro e
instalação elétrica, estão em licitação obras no valor conjunto de R$ 20,7
milhões, sendo quase R$ 18 para 33 Emeb e pouco mais de R$ 2 milhões para
unidades de ensino infantil.
Já para reformas gerais e execução do remanescente de vestiários e
quadras esportivas cerca de R$ 7,8 milhões estão em processo licitatório para
obras em sete escolas de Educação Fundamental.
Reformas em Execução
No momento, duas unidades estão com os serviços de reforma em execução,
ambas com investimentos de pouco mais de R$ 2,9 milhões e a previsão de entrega
dos serviços concluídos é para outubro deste ano.
Entre as unidades está a Escola Municipal de Educação Básica (Emeb)
Gracildes de Melo Dantas a qual recebe os serviços de readequação do forro
(telhado), do piso e entre outros. A creche Maria Fernandes Macedo é outro
centro de ensino atualmente com os trabalhos em execução.
RUAN CUNHA
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