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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

"Fracasso nas negociações de governo mergulham Alemanha em incertezas"

Deutschland Angela Merkel Scheitern der Sondierungsgespräche (Getty Images/S. Gallup)Liberais abandonam conversas para a formação de novo governo na Alemanha e complicam a situação da chanceler federal Angela Merkel, que pode ser obrigada a convocar novas eleições gerais. Medida seria inédita no país. As sondagens para a formação do novo governo da Alemanha fracassaram neste domingo (19/11) após o Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão) anunciar que estava abandonando a mesa de negociações. Com o colapso das conversas, o futuro do quarto mandato da chanceler federal Angela Merkel se complicou. Pouco antes da meia-noite (horário da Alemanha), o chefe dos liberais, Christian Lindner, disse que "era melhor não governar do que governal mal". Ele citou diferenças irreconciliáveis entre as quatro partes das negociações – o FDP, o Partido Verde, a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel e o braço bávaro desta, a CSU. "Nós não culpamos ninguém por se manter fiel a seus princípios, mas nós também fizemos o mesmo. Nós defendemos reverter as tendências atuais, mas não conseguimos chegar a um acordo", disse Lindner. Após as eleições federais que ocorreram no fim de setembro, os quatro partidos deram início a uma série de sondagens para chegar a um acordo preliminar que pudesse enfim dar início às negociações para a formação de uma coalizão. A possível formação foi apelidada de "Jamaica" pela imprensa, em referência às cores dos partidos que, quando combinadas, correspondem às da bandeira do país caribenho. Caso os quatro partidos se unissem, a base Merkel contaria com 393 dos 709 deputados do Parlamento. O FDP sozinho conta com 80 deputados.
Conflitos
Mas uma série de divergências acabou por complicar as conversas. Os temas que provocaram conflito envolviam desde a questão dos refugiados até medidas para preservar o meio ambiente. A CDU e a CSU, por exemplo, desejavam impor uma cota máxima de 200 mil refugiados que poderiam ser acolhidos anualmente no país. A medida tinha apoio dos liberais, mas o Partido Verde só aceitou concordar com ela caso os refugiados que já estão no país pudessem trazer suas famílias. Nas últimas eleições, o tema dos dominou o debate político, se tornado uma questão tóxica entre o eleitorado. Entre 2015 e 2016, mais de um milhão de refugiados chegaram ao país. Mas essa não foi o único ponto de divergência. Os verdes também defendiam medidas radicais para cortar o consumo de carvão no país, o que provocou objeções dos outros partidos. Horas antes do anúncio sobre o fracasso das negociações já era possível notar que as conversas finais, que ocorreram ao longo do domingo em Berlim, não estavam indo bem. A previsão inicial é que uma decisão seria anunciada às 18h. Após Lindner abandonar as conversas, membros do Partido Verde criticaram a decisão. O deputado verde Reinhard Bütikofer disse que Lindner, o chefe dos liberais, escolheu "sua própria forma de agitação populista em detrimento da responsabilidade política". A chanceler federal Angela Merkel lamentou o colapso das negociações e disse que seu partido acreditava que "o ritmo das conversas indicava que seria possível chegar a um acordo". Horst Seehofer, o chefe da CSU, disse que um acordo "estava ao alcance" pouco antes de os liberais abandonarem as conversas. Um dos chefes do Partido Verde, Cem Özdemir, também ecoou Merkel: "A única combinação democrática possível foi infelizmente derrubada pelo FDP", disse.
As opções de Merkel
A grande derrotada da noite foi Angela Merkel. Com o fracasso da formação da coalizão "Jamaica" restam apenas três opções viáveis para a chanceler federal. Ela pode voltar as atenções para o Partido Social Democrata (SPD), que recebeu 20,5% dos votos nas últimas eleições e assim conseguir maioria no Bundestag, o parlamento do país. Em setembro, a CDU/CSU recebeu 32,9% dos votos. O problema é que o SPD, que governou o país como parceiro de Merkel nos últimos quatro anos, já disse que quer passar para a oposição. Nestas eleições, o SPD teve seu pior resultado eleitoral desde o fim da República de Weimar (1919-1933), e esse último fracasso foi atribuído à associação com Merkel, que acabou por diluir o programa do partido e deixá-lo indistinguível dos conservadores. Neste domingo, o líder da sigla, Martin Schulz, voltou a reiterar que não deseja a continuação de uma coalizão com Merkel. Dessa forma, a chanceler terá a opção de formar um governo de minoria, possivelmente só com os Verdes ou apenas com o FDP. O problema é que a Alemanha não está acostumada a governos desse tipo, e a falta de uma maioria no Parlamento pode eventualmente erodir o poder de um chanceler.
Como última e mais radical opção vai restar a Merkel pedir ao presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições federais, torcendo para ampliar o número de cadeiras da sua própria sigla, o que dispensaria a necessidade de recorrer a tantos partidos para governar. Seria uma medida inédita, já que o mecanismo nunca foi usado na Alemanha após o fim da Segunda Guerra Mundial apenas com o objetivo de contornar dificuldades para a formação de um novo governo. Mas esta opção pode provocar dificuldades para a elite política, já que os grandes partidos alemães experimentaram um declínio nas últimas eleições. O SPD perdeu 5,2 pontos percentuais em relação às eleições de 2013. Já a CDU/CSU de Merkel perdeu 8,6 pontos percentuais. Uma rodada extra pode provocar uma fuga ainda maior do eleitorado. Vários políticos tradicionais também temem que novas eleições possam beneficiar o partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que conquistou 12,6% dos votos nas últimas eleições e conseguiu pela primeira vez ocupar cadeiras no Parlamento. Na última quinta-feira, a deputada Alice Weidel, uma das líderes da AfD, já havia defendido a realização de um novo pleito caso as negociações para um novo governo fracassassem.
Jean-Philip Struck/cp

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