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domingo, 14 de janeiro de 2018

"Carta escrita por Miguel Arraes já alertava para impactos da privatização da Chesf"

Resultado de imagem para MIGUEL ARRAESUma carta datada do dia 15 de maio de 1995 e assinada pelo então governador de Pernambuco, Miguel Arraes, já alertava para os impactos da privatização da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Endereçada ao presidente da República à época, Fernando Henrique Cardoso, Arraes se posicionou contrário ao decreto do governo federal que trazia a decisão de privatizar a subsidiária da Eletrobras. Na carta, o governador de Pernambuco disse que a perda do controle da estatal significaria, na prática, privatizar o único rio grande e perene do Nordeste, responsável por exercer inestimável papel social na região. “A venda da Chesf, a maior das 22 empresas do sistema Eletrobras, pode colocar em risco outros usos da água. O elemento principal não são as máquinas nem as barragens. É a água do rio, que já é escassa, e disputada pela energia, pela irrigação e também pelas áreas secas de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande Norte”, escreveu Arraes. Se as usinas e a própria empresa tinham algum valor de mercado, “valioso mesmo era o rio que as alimentava”, destacou o socialista. “Deve-se partir da constatação de que o governo federal está vendendo o rio São Francisco, dito de integração nacional. O Velho Chico vai de cambulhada na privatização da Chesf, que não vive sem ele”.
Arraes desacreditava que grupos privados estivessem dispostos a fazer investimentos no rio, como tentava justificar o governo para levar adiante a privatização, “numa época em que o jogo financeiro mostra-se mais rentável que o próprio setor produtivo”. Para Arraes, as medidas que seriam adotadas “por motivos circunstanciais” para promover a venda da companhia visavam apenas atender aos “ditames do sistema financeiro”. “Devemos reconhecer a utilidade dos recursos internacionais. Entretanto, a destinação desses recursos visa apenas atenuar, e não deter, o crescente empobrecimento que nos impõem as circunstâncias e que nos colocam no caminho de uma subordinação contra a qual sempre lutamos”, avaliou. Arraes disse ainda no texto que as privatizações no país ocorriam sempre no sentido de os monopólios privados “se apoderarem do que já está construído e consolidado”, nunca para novas iniciativas. Para o socialista, o papel da iniciativa privada “jamais” seria o de resolver problemas sociais e corrigir diferenças regionais. No mesmo ano em que escreveu a carta, o governo de Fernando Henrique Cardoso recuou da decisão de privatizar a estatal.
Leia a íntegra da carta de Miguel Arraes aqui.

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