
“Qualquer dificuldade ou obstáculo estabelecido no planejamento familiar, repercute mais severamente nas famílias mais pobres, que apresentam maior taxa de fecundidade e dificilmente podem se valer da medicina particular”, diz Siqueira.
“Além disso, as mulheres de classes menos favorecidas têm que lidar com o maior desequilíbrio de poder entre os gêneros, além dos desafios relativos à falta de informação e às carências da rede pública de saúde”, aponta o presidente do PSB.
A petição cita uma contradição com a Lei Maria da Penha, segundo a qual pratica violência doméstica e familiar contra a mulher aquele que impede a utilização de método contraceptivo.
Quanto às restrições da idade mínima de 25 anos e do número de dois filhos vivos, o PSB alega que não cabe ao poder público “imiscuir-se em decisões individuais sobre fertilidade e reprodução, sendo essa interferência marca típica de regimes antidemocráticos”.
Em relação à idade mínima, o partido argumenta que “não há qualquer justificativa plausível” que ampare essa obrigatoriedade, tendo em vista que a maioridade é atingida aos 18 anos no país.
Além disso, a exigência de dois filhos vivos cria um “dever de procriação” para as jovens ao estabelecer um “número ideal” de filhos, “o que não se coaduna com o direito à autonomia privada”.
O partido critica também a tipificação como crime a realização de laqueadura sem o preenchimento dos três requisitos – anuência do cônjuge, idade mínima de 25 anos ou existência de dois filhos vivos.
“Os dispositivos ora questionados vulneram o princípio da dignidade da pessoa humana, a liberdade individual e o direito à autonomia privada”, argumenta o PSB.
A petição, de responsabilidade do advogado Rafael Carneiro, foi protocolada na manhã desta quinta-feira, 8 de março.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional
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