
"Esse modelo de presidencialismo de coalizão estendido que quebrou o Brasil", disse o senador ao Congresso em Foco.
Segundo Alvaro, os nomes dos candidatos ainda não foram definidos e serão lançados somente após encerradas as negociações entre as legendas.
O grupo tem quatro possíveis candidatos à Presidência, além de Alvaro Dias: Rabello de Castro (PSC), general Mourão (PRTB), Cabo Daciolo (Patriota) e Eymael (PSDC).
Neste cenário, os demais devem desistir das candidaturas quando a chapa for definida. As mudanças serão feitas até o fim do prazo legal, em 15 de agosto.
Fator Bolsonaro
A aliança mira eleitores incomodados com a polarização entre esquerda e direita e a falta de definição sobre um nome de centro capaz de ganhar as eleições.
Batizado de "Frente Patriota", o bloco deve defender pautas conservadoras, ligadas à direita, mas assumindo tom moderado. A ideia é que a posição do grupo seja menos radical que a do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Bolsonaro chegou a propor para que general Mourão fosse o seu vice, mas este negou por causa da nova aliança, como o Congresso em Foco mostrou.
Segundo Dias, a possível aliança com Bolsonaro não está sendo considerada porque ele tem "outra proposta".
"O povo quer nível, não se resolve saúde e educação com metralhadora", diz o presidente do PRTB, Levy Fidélix, um dos articuladores do bloco, sobre a resistência a Bolsonaro.
"Se ele nos procurar, vamos conversar, mas nos nossos termos", continuou Fidélix.
Os partidos que compõem o bloco avaliam que Bolsonaro está sendo desidratado e tende a perder força cada vez mais nas pesquisas de intenção de voto. No segundo turno, acreditam, teria pouquíssima chance de vitória.
Fidélix afirma que o grupo será o "verdadeiro centrão" -- em alusão ao bloco que assim se autodenomina e que decidiu, nesta sexta-feira (20), apoiar o pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB). Para ele, "um conjunto de saqueadores".
"O Alvaro Dias me ligou no domingo e falou 'meu filho, me ajuda aqui. Vamos encontrar os caminhos mais viáveis para a terceira via do Brasil', disse o presidente do PRTB.
Cada partido será liberado para definir coligações diferentes nos estados, de acordo com os acordos das bases, mas deverá manter a união no plano nacional.
Amanda Audi e Luísa Marini
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