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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

"Opinião: “No fundo de um galpão”, por Heródoto Barbeiro"

Resultado de imagem para Heródoto Barbeiro é editor chefe do Jornal da Record News em multiplataformaHouve uma quebra de paradigma. A crise do modelo de comunicação se espalhou rapidamente. Os dirigentes dos locais onde os livros eram produzidos não entenderam o que acontecia no mundo. Havia uma aceleração do processo histórico como nunca visto na história da humanidade, e os velhos métodos de difusão da cultura foram ultrapassados. A economia ganhou uma nova velocidade, o comércio se internacionalizou e cada vez mais os empreendedores e a população exigiam o acesso ao conhecimento e às notícias. Os velhos métodos não eram capazes de produzir imagens com clareza, e com isso atrapalhavam a evolução da ciência em geral, mas especialmente a geografia e a biologia. Os desenhos, gráficos, mapas e atlas eram incompletos, com pouca informação e não atendiam a um mercado de consumo que crescia de forma acelerada.
As instituições responsáveis pelos livros estavam perdidas, não entendiam o que estava acontecendo e porque a produção não atendia aos interesses da sociedade. Não era apenas a censura que atrapalhava, era a tecnologia utilizada.
A velha forma de produzir livros insistia nas belíssimas coleções, com capas caríssimas com coloridas gravuras, o que encarecia o produto. Os livros eram morosamente produzidos. Jaziam enfileirados em velhas estantes de madeiras raras. Além disso, como a produção estava concentrada em algumas instituições, a censura se realizava de maneira cruel. Obras de pensadores, filósofos e intelectuais suspeitos de subversão da ordem e da religião não tinham a menor condição de divulgar suas ideias e ainda corriam o risco de sofrer árdua perseguição. Os médicos e fisiologistas que publicavam seus trabalhos com imagens de órgãos humanos, para pesquisa e cura, eram perseguidos e sujeitos à pena de morte, sob a acusação de feitiçaria e práticas demoníacas. A demora da produção de um livro era explicada pela qualidade do material usado e o uso de letras artisticamente coloridas que davam graça e autenticidade ao texto que se seguia. Eram conhecidas como iluminuras medievais.
O responsável pela quebra do paradigma da produção de livros foi um solitário que tinha um pequeno armazém, semelhante a uma garagem de carroça. Mal sabia ele que seria responsável pela mais importante mudança do segundo milênio. Deu início à quebra do paradigma da produção de livros e conhecimento, que estavam encarcerados nos mosteiros católicos. De lá só saiam com autorização eclesiástica. Os copistas eram responsáveis pela reprodução das obras, entre elas a volumosa bíblia em latim. As iluminuras enfeitavam ricamente a abertura das páginas. O custo era altíssimo. O tempo de reprodução da obra era imprevisível. Tudo isso veio abaixo quando a pequena oficina comandada pelo artesão Johannes Gutenberg começou a funcionar. Ele desenvolveu um sistema de letras, ou tipos, móveis, que revolucionou a produção impressa. Os copistas e os monastérios foram abandonados. Gutenberg foi acionado para publicar as obras que a Igreja insistia em censurar. Com isso, a ciência, a arte, e a literatura ganharam um púbico nunca antes imaginado. Até o cristianismo europeu recebeu um impacto da nova era da comunicação quando Martinho Lutero traduziu a bíblia para o alemão e Gutenberg a publicou. Com isso, os fiéis puderam ter acesso direto à fonte e formar sua própria opinião, sem qualquer interferência, como um internauta que tem acesso à internet no seu celular e não depende de mais ninguém para fazer as suas escolhas. Qualquer semelhança com os dias atuais não é uma semelhança, é uma quebra de paradigma.
Heródoto Barbeiro é editor chefe do Jornal da Record News em multiplataforma.

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