Em assembleia realizada na quarta-feira (26), os servidores da Educação municipal de Cuiabá decidiram pela realização da greve. Prevista já para a próxima semana, a paralisação é fruto do não cumprimento de reivindicações antigas por parte da atual administração, liderada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). De acordo com o vereador Gilberto Figueiredo (PSB), uma paralisação é absolutamente indesejada na pasta da Educação – uma das mais relevantes para o município – e, por isso, é fundamental que o Executivo esteja disposto a evitá-la. “A Prefeitura ainda insiste em conceder um tratamento diferenciado entre efetivos e contratados, promovendo uma segregação na Rede. Uma paralisação deste porte – que engloba aproximadamente nove mil servidores – pode gerar um enorme prejuízo para o município, no entanto, a atual administração age com indiferença. É importantíssimo que exista um entendimento entre as partes”, declarou o vereador e ex-secretário de Educação da Capital.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público Municipal (Sintep), João Custódio da Silva manifestou que nove propostas voltadas para a melhoria da Rede Municipal de Ensino estão sendo reivindicadas – sendo que o Executivo resiste a algumas delas.
Recentemente, a Prefeitura de Cuiabá que propôs o reajuste salarial em 4% apenas para os profissionais efetivos da Educação, excluindo da recomposição dos vencimentos os funcionários contratados e servidores em readaptação de função na pasta.
“Em assembleia ficou decidido que, se o executivo continuar a seguir essa linha, os profissionais da Educação do município de Cuiabá irão paralisar as suas atividades”, disse Custódio durante uma participação em tribuna livre, na Câmara Municipal de Cuiabá.
Na esperança de negociação com a Prefeitura de Cuiabá, os profissionais da Educação alertam para uma greve com início previsto para a próxima segunda-feira (01).
APARTHEID – Em manifestação favorável aos trabalhadores da Rede Municipal de Ensino, Gilberto Figueiredo fez duras críticas ao Executivo. De acordo com o vereador, a proposta de ganho real apenas para os servidores efetivos geraria a segregação entre os profissionais.
“O prefeito encaminha para o município uma clara proposta de apartheid (desta vez, não racial, mas sim profissional) e desconsidera a importância de 4.105 servidores contratados na Educação municipal – quase 50% de todo o contingente que atua no setor”, declarou Gilberto durante manifestação em sessão ordinária da Câmara.
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