
Alguns locais de votação, no entanto, não puderam abrir na hora prevista. Para essas 401 seções que não puderam funcionar antes das 13h (hora local), a votação vai ser prorrogada até domingo. Por medo de novo derramamento de sangue, o governo afegão vai continuar a disponibilizar maciço aparato de segurança.
As ações terroristas contra as eleições afegãs incluíram um atentado suicida em Cabul, 76 ataques contra seções eleitorais e 12 explosões perto de centros eleitorais "para aterrorizar eleitores".
Como resultado, 27 civis morreram e 100 ficaram feridos. Além disso, ao menos nove membros das forças de segurança faleceram e outros 25 ficaram feridos. Os talibãs sofreram 31 baixas e 18 foram detidos.
De acordo com o vice-ministro de Interior, esses ataques são quase a metade dos que aconteceram em 2014 durante as eleições presidenciais.
Por sua vez, na mesma entrevista coletiva, Haroon Chakhansori, porta-voz do palácio presidencial, afirmou que o pleito foi um "sucesso" para o Afeganistão e uma "derrota" para os terroristas.
Para garantir a segurança, o governo disponibilizou 70 mil soldados e policiais em todo o país, conforme informou o Ministério de Interior mais cedo. O número representa um aumento de 16 mil militares em relação ao anunciado.
Os talibãs lembraram que "os centros eleitorais do inimigo em todo o país estão sob ataque" dos insurgentes e pediram para que a população não participasse deste "processo" falso, conforme um comunicado divulgado pelo porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid.
Ao término da votação, Qari Yousuf Ahmadi, outro porta-voz talibã, informou em outro comunicado que 400 ataques foram feitos neste sábado, nos quais "dezenas de soldados e policiais morreram e ficaram feridos". "As eleições fracassaram", declarou.
Previstas inicialmente para 2015, mas adiadas devido à falta de segurança, instabilidade política e problemas financeiros, as eleições são vistas como uma prova de fogo para a frágil democracia afegã e como um teste antes do pleito presidencial marcado para abril do ano que vem.
Os resultados das atuais eleições parlamentares deverão ser anunciados somente em novembro.
CA/efe/dpa/cp
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