
“Nessa primeira reunião já definimos que teremos grupos de trabalho envolvendo servidores da Embratur e PromPerú [responsável pela promoção turística do país]. O objetivo é a melhoria do fluxo de turistas entre os dois países”, informou a presidente, Teté Bezerra, ao reunir-se, na sede da agência peruana de turismo, com a diretora, Maria Soledad Acosta Torrely. Acompanharam o encontro a coordenadora de Inteligência Competitiva e Mercadológica da Embratur, Leila Holsbach; a gerente do Comitê Descubra Brasil no Peru, Norma de Navarro; o presidente da Associação das Agências de Viagens do Peru, Ricardo Acosta; e o representante da Embaixada do Brasil no Peru, Luiz Guilherme de Castro.

Para a diretora da PromPerú, Maria Soledad Torrely, a proposta brasileira é bem-vinda: “Pelo tamanho do mercado brasileiro, por nossas afinidades, temos muito interesse em uma ação conjunta”, informou ela, admitindo que a parceria estará entre as ações estratégicas do governo peruano.
Três companhias aéreas (Avianca, Latam e Copa Airlines) fazem a ligação Peru-Brasil em quatro aeroportos: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Brasília. Consolidar esses destinos e abrir novas possibilidades de conectividade aérea estão entre as metas dos grupos de trabalho a serem criados. Reuniões para discutir a melhoria e o aumento dos voos entre os dois países já foram realizadas hoje, na Embaixada do Brasil em Lima com representantes das companhias que operam entre os países.
Segundo a coordenadora da Embratur Leila Holsbach, essa abordagem de promoção do Brasil no exterior faz parte do novo modelo implementado, onde o corpo técnico do Instituto assume diretamente os contatos com os mercados emissores de turistas. “Vamos nos aproximar cada vez de todos os mercados estratégicos”, indicou.
Nas avaliações que a Embratur vem realizando para mapear ações de trabalho, o desenvolvimento de uma malha aérea que ofereça preços melhores e mais ofertas de voos aparecem entre os itens importantes para o aumento fluxo de turistas estrangeiros no Brasil. O assunto foi abordado também no mês passado durante a WTM London, uma das maiores feiras de turismo da Europa, realizada em Londres, na Inglaterra. Na oportunidade, o Instituto discutiu meios para o aumento da conectividade com as companhias aéreas da Europa.
A meta é garantir que o Brasil entre de vez na rota das aéreas de baixo custo. Os avanços recentes conquistados com a Norwegian, terceira maior da Europa, que já começou a vender passagens de baixo custo para o País, mostram que isso é possível. As conversas com as companhias aéreas, que majoritariamente atendem o mercado latino-americano, seguem essa mesma lógica.
Novas ferramentas
A dinâmica de promoção do Brasil no exterior acontece após cinco anos de mapeamento do mercado internacional por meios de contratos terceirizados. Nesse novo formato, o relacionamento com o trade internacional é feito diretamente pelo corpo técnico da Embratur em Brasília e nos mercados considerados estratégicos. As ações de promoção incluem workshops, roadshows e famtours.
O novo modelo não interfere na continuidade das demais ações de promoção, como a participação nos calendários de feiras internacionais, relações públicas, publicidade, ações de segmentos, área digital, entre outras, que continuam sendo feitas normalmente. Cabe ao corpo técnico manter a produção de compartilhamento de inteligência comercial para a cadeia produtiva do turismo. Esses produtos revelam as tendências e as oportunidades nos países em que a Embratur atua e podem ser decisivos na tomada de decisões e fechamento de negócios. O item “malha área”, abordado em Londres e, agora, no Peru, é um deles. A nova dinâmica reúne também informações como Panorama de Comercialização, Boletim de Inteligência Competitiva, entre outros.
Nessa linha de modernização, a Embratur entende que a era digital chegou para valer. Por isso, lançou, este ano, uma campanha totalmente digital voltada para turistas da América Latina. O visto eletrônico para países como Estados Unidos, Austrália, Japão e Canadá resultou em aumento de 65% no número de e-visas desses países para o Brasil, quando comparado novembro de 2018 o mesmo período do ano passado. As novas plataformas digitais para o trade turístico e para o público final também marcaram essa tendência digital.
Assessoria de Comunicação da Embratur
Fotos: Pablo Peixoto/Embratur
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