
O deputado José Medeiros também voltou a criticar os interesses econômicos e ideológicos de alguns órgãos federais. “Não é passando fome que os índios vão perpetuar a sua cultura. Tem muita gente em Brasília que não está preocupada na preservação da cultura indígena. Querem que os indígenas continuem manietados e sejam usados de pano de fundo para malandro ganhar dinheiro. A realidade é que utilizam discursos safados para receber borbotões de dinheiro. A nova diretoria da Funai em Brasília precisa desinfetar o que ocorre dentro do órgão há anos. Ressalto a posição dos abnegados da Funai de Mato Grosso, que lutaram para viabilizar o projeto de produção dos índios Parecis”, disparou o parlamentar.
Para a ministra Tereza Cristina a vontade dos índios é soberana e o estado precisa respeitar isso. “A lei pode ser mudada. As coisas evoluem, as coisas mudam, a vontade de vocês é soberana. Isso está na normativa da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Os índios têm de decidir o que querem fazer e o poder público precisa respeitar e apoiar”, frisou a ministra.
O líder indígena Ronaldo Zokezomaiake entregou uma carta de reivindicações às autoridades pedindo uma linha específica de crédito para que possam adquirir insumos e maquinário, além de mudanças na lei que impede a comercialização do que é produzido nas terras da União, entre outras demandas.
A produção agrícola dos indígenas foi autorizada por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta firmando junto ao Ministério Público Federal (MPF) e do Poder Judiciário. Em Mato Grosso, 18 mil hectares de grãos foram plantados pelos índios na safra de 2018/2019. A etnia Parecis planta soja, milho e feijão.
Também participaram do encontro o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, a primeira-dama,Virginia Mendes, o secretário de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, deputados estaduais e representantes da Aprosoja Brasil.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Assessoria
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