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sexta-feira, 26 de abril de 2019

"Duas gerações, um mesmo apelo profético à justiça climática"

Dois super-heróis do clima, o Papa Francisco e Greta Thunberg, acabaram de se encontrar pela primeira vez no Vaticano. O encontro no dia 17 de abril foi algo raro – um encontro entre dois profetas cuja clareza moral nos levará a sair da crise climática. Eu fui abençoado por participar dessa conversa. Quando o pontífice argentino e a ativista sueca apertaram as mãos, fiquei impressionado com as semelhanças que eles compartilham acima de suas óbvias diferenças.
Aos 82 anos de idade, com uma coroa de cabelos brancos e um sorriso muitas vezes satisfeito, Francisco vê a ação contra as mudanças climáticas como uma forma de proteger as pessoas vulneráveis, uma parte essencial de sua vocação cristã. Aos 16 anos de idade, com seu cabelo preso em uma trança, Greta vê a ação contra as mudanças climáticas como uma luta que é essencial para o seu futuro, uma luta pela sua própria sobrevivência.
Francisco reconhece que as gerações mais velhas têm a responsabilidade de resolver os desafios que criaram. Greta reconhece que as gerações mais jovens têm uma oportunidade de resolver os desafios que herdaram.
Católico e secular, velho e jovem, masculino e feminino. E, mesmo assim, esses dois líderes estão unidos em seu compromisso inabalável com a ação. Enquanto o órgão climático das Nações Unidas debate a colocação de parênteses, uma verdadeira liderança como a deles é desesperadamente necessária.
O mundo está com fome de coragem e compromisso. Em todos os lugares pelos quais Greta andava, as pessoas comuns tiravam fotos às centenas. No Vaticano, os guardas pediram selfies com Greta. Freiras pediram selfies com Greta.
Todos os dias, as pessoas são atraídas por Greta, porque ela preenche uma necessidade que se torna cada vez mais nítida a cada dia que passa: a nossa necessidade de honestidade.
Greta disse recentemente ao Parlamento Europeu que “a casa está em chamas”. Francisco escreveu que “a terra, nossa casa, parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo”.
Esses líderes nos respeitam o suficiente para admitir que as mudanças climáticas são reais. Eles sabem que as tempestades estão se tornando mais fortes, que as doenças transmitidas por mosquitos estão se espalhando, que os desertos estão crescendo. Eles sabem que essas mudanças significam mais doenças, mais fome, mais conflitos.
Mas eles também sabem que temos a capacidade de mudar. Eles sabem que, no passado, nós nos unimos para conseguir algo maior do que nós mesmos. Eles olham para os nossos incríveis avanços na medicina, para o aumento da alfabetização, para o melhor que a humanidade tem a oferecer. Eles sabem que podemos resolver isso.
Os cristãos são, por definição, pessoas de esperança. Como Francisco escreveu, “os seres humanos, capazes de tocar o fundo da degradação, podem também superar-se, voltar a escolher o bem e regenerar-se”.
No dia 24 de maio, teremos mais uma chance de escolher o que é bom. O dia 24 de maio é a data da próxima greve climática global, que foram iniciadas por Greta. Também é o aniversário da “Laudato si’ sobre o cuidado da casa comum”, a encíclica de Francisco sobre as mudanças climáticas. Todas as pessoas – e especialmente todos os católicos – deveriam aproveitar essa oportunidade para defender o bem maior.
As greves massivas mostraram o poder da unidade na esperança. Em março, 1,4 milhões de pessoas participaram em mais de 2.000 cidades. Os jovens católicos fizeram parte da mobilização, participando sob a bandeira do movimento Laudato si’ Generation (lsgen.org).
Esse é apenas o começo. A força está se acumulando em todos os cantos do mundo, e estamos preparados para realmente proteger esta Terra, nossa casa comum, que pertence a todos nós. O “business as usual” acabou. Temos 12 anos para dobrar o arco de emissões para baixo. Imagine a idade que você terá daqui a 12 anos, a idade que seus filhos serão. É esse o tanto de tempo que nos resta.
Testemunhar o encontro entre esses dois líderes proféticos foi uma bênção. Ele nos lembra que, diante da maior crise da humanidade, um compromisso ousado com o bem maior nos une. Através das gerações e das culturas, é fácil de ver a verdadeira liderança.
O comentário é de Tomás Insua, diretor executivo do Global Catholic Climate Movement, publicado em National Catholic Reporter e Caminho Político. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

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