O senador, que é líder do Bloco Vanguarda (DEM/PR/PSC), está irredutível quanto ao corte do Benefício da Prestação Continuada. Autor de projeto que deu origem à Política Nacional do Idoso, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) voltou a criticar o corte do Benefício da Prestação Continuada (BPC), que está previsto na Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal. O republicano afirmou, nesta quarta-feira (10), durante a XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que está inclinado a apoiar a Reforma, mas não "a qualquer custo". O senador já havia manifestado essa posição também junto ao presidente Jair Bolsonaro, em encontro com líderes republicanos, no Palácio do Planalto, na última terça-feira (9).
O BPC é pago, em geral, a idosos em situação de risco social e, segundo Wellington, reduzir a ajuda de R$ 998, para R$ 400 por mês, representa uma regressão de direitos importantes. "Hoje temos mais de 5 milhões de idosos carentes que têm direito ao Benefício; não podemos abandonar essas pessoas. Além disso, também não permitiremos cortarem direitos dos professores, que já não são tão valorizados em nosso país e representam o cuidado com o futuro das nossas gerações", adiantou.
Para ele, a solução para a crise do país está na busca por alternativas eficientes para arrecadação, no combate à sonegação de impostos e na melhoria da gestão pública. "Um exemplo de trabalho pela melhoria da gestão está na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 61/2015, feita pelo Senado na última terça (9). Agora, os recursos não vão mais passear pela burocracia", explicou.
Wellington usou o exemplo da PEC para alertar aos prefeitos, vereadores e demais autoridades municipalistas que o país precisa ainda reduzir incentivos fiscais desordenados e empréstimos a juros subsidiados. "Isso será muito mais eficiente do que mexer de forma profunda na previdência daqueles que mais precisam, que contribuíram e planejaram seu futuro", completou o senador.
LEI KANDIR - O parlamentar voltou a chamar a atenção da classe política para a necessidade de aprovação do projeto que trata das transferências da Lei Kandir. Ele relatou a matéria na Comissão Especial do Senado sobre o assunto, e aguarda a apreciação do texto pelo Plenário da Câmara. Segundo o republicano, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já garantiu célere apreciação do projeto quando este voltar à Câmara Alta.
"A Lei Kandir é importante para o país porque é fundamental que continuemos exportando. Mas temos de fazer justiça com quem está trabalhando no desenvolvimento do Brasil e com os Estados produtores. Precisamos deste retorno para investirmos em estradas, infraestrutura, escolas, etc. O Mato Grosso é exemplo disso", finalizou.
Da Assessoria
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