
Seyoum disse a jornalistas que um "esquadrão de choque" liderado pelo chefe de segurança de Amhara, Tsige, invadiu uma reunião do governo na tarde de sábado, ferindo o presidente regional Ambachew Mekonnen e outro alto funcionário, ambos mortos por seus ferimentos.
Na residência do chefe do Estado-Maior, que comandava da capital a operação para abortar a tentativa golpista, encontrava-se também o tenente-general da reserva Gezai Abera, quem também morreu.
"Este golpe foi agora desbaratado", afirmou outro porta-voz do primeiro-ministro. "Esta tentativa de golpe pretendia desestabilizar nosso país e não se limita só à região de Amhara", ressaltou.
Além da cidade turística de Bahir Dar, também se escutaram disparos em Adis Abeba, segundo várias alertas emitidos pela Embaixada dos Estados Unidos na Etiópia.
A capital acordou calma neste domingo, apesar de soldados das forças especiais estarem posicionados perto do escritório do primeiro-ministro, ao mesmo tempo em que vários policiais patrulham as ruas da cidade.
Cedo no domingo, o general de brigada Tefera Mamo, chefe das forças especiais em Amhara, havia dito na TV: "A maioria das pessoas que tentaram o golpe foram presas, embora ainda existam algumas em liberdade".
Desde a sua chegada ao poder em abril de 2018, Abiy tem sido aplaudido dentro e fora da Etiópia pelos seus avanços democráticos, como o regresso de dissidentes exilados, a detenção de dúzias de funcionários de alto escalão militar e dos serviços de inteligência e uma histórica paz com a Eritreia.
No entanto, essas mesmas reformas e uma divisão de poder mais equilibrada entre as nove regiões autônomas do país também representaram um aumento das tensões entre os diversos grupos étnicos, com fortes ondas de violência.
CA/efe/afp/rtr/cp
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