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quinta-feira, 6 de junho de 2019

"Wellington pede regularização fundiária e diz que 'meio ambiente não pode ser abandonado'

Senador do PL enalteceu o projeto lançado pelo Governo para recuperação de áreas degradadas ao longo do Rio Araguaia. Em sessão especial movimentada do Senado, convocada para celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no último dia 5, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) defendeu a regularização fundiária como forma de ajudar na preservação de rios e florestas. Com milhares de famílias colocadas no campo sem condições adequadas para produzir e até mesmo para preservar, Fagundes parte do princípio de que “o meio ambiente precisa ser cuidado e jamais abandonado”. Representante de um Estado que abriga três biomas diferentes, Wellington ressaltou que existem em Mato Grosso, ao menos 80 mil famílias “aptas a ingressarem de forma ordenada na produção”, mas, que se encontram “abandonadas, sem condições e estímulos até para preservar o meio ambiente”. Segundo ele, com suas propriedades regularizadas, essas famílias poderiam acessar linhas de créditos, pesquisas e se beneficiar da extensão rural para produzirem com qualidade.
Fagundes ressaltou que Mato Grosso tem pouco mais de 900 mil quilômetros quadrados, com uma biodiversidade exuberante, e que “precisa ser respeitada em toda sua extensão, dentro do aspecto da relação homem-meio ambiente”. Ao mesmo tempo, é o que mais produz grãos e produtos da cadeia animal. “É um Estado onde meio ambiente e produção precisam andar juntos” – frisou, destacando o grande desafio é “preservar com responsabilidade e produzir com sustentabilidade”.
A sessão especial do Senado teve a participação da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que rebateu as acusações de que há retrocessos ambientais na atual gestão. O ministro ainda reforçou que o saneamento básico é a prioridade da pasta. Durante sua fala houve protestos dos convidados.
O senador mato-grossense enalteceu ainda o projeto lançado pelo Governo Jair Bolsonaro na quarta-feira (05), no Dia Internacional do Meio Ambiente, que classificou como medida de “fundamental importância à proteção da vida humana, que é a recuperação de áreas de preservação ao longo do Rio Araguaia”. O evento aconteceu nas cidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia, em Mato Grosso, e em Aragarças, Goiás.
“O Governo também não poderia ter escolhido um cenário mais perfeito para enfatizar a importância do Dia Internacional do Meio Ambiente” – disse, se mostrando entusiasmado com o projeto, que pretende recuperar 10 mil hectares de áreas degradadas em 27 municípios que compõe a Bacia do Araguaia. Destes, 5 mil em cada um dos Estados.
Nesta etapa inicial, o objetivo é recompor as florestas protetoras de áreas de preservação permanente e manejar pastagens e atividades agropecuárias com tecnologias de agricultura de baixo carbono, além de implantar sistemas agroflorestais nas zonas de recarga de aquíferos, nas cabeceiras e nos afluentes do Araguaia. Também estão previstas ações de saneamento em cidades da região.
Saneamento Básico - Na manhã desta quinta-feira, 6, um novo conjunto de regras para o saneamento básico no Brasil foi aprovado pelo Senado. A proposta abre caminho para a exploração privada dos serviços de saneamento. Fagundes lembrou que, em Mato Grosso, o Governo do Estado fez, na gestão de Dante de Oliveira, a municipalização do sistema, o que gerou resultados apenas em municípios de médio e grande porte. “Nos pequenos, que não têm capacidade de fazer a concessão, o Estado praticamente abandonou esses Municípios” - frisou.
Ele disse acreditar que o debate será fundamental para que se consiga encontrar uma vertente que possa garantir água e saneamento básico. “O ser humano não pode prescindir da água” – disse, citando a cidade de Manaus, no Amazonas. Segundo ele, a Capital do Amazonas “é uma cidade que é toda rodeada de água”, porém, “um dos problemas lá é exatamente a água potável, devido à contaminação dos rios”.
Da assessoria
Foto| Waldemir Barreto/Agência Senado

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