
Esses foram os primeiros incidentes significativos registados no país desde a abertura das urnas para as eleições presidenciais consideradas decisivas, em meio a um turbilhão de incertezas e à desistência de candidatos por falta de segurança, após uma campanha em que foram mortas centenas de pessoas.
As eleições deste sábado foram abertas em meio a um forte esquema de segurança devido a ameaças de insurgentes talibãs.
O Ministério do Interior do país devastado pela guerra enviou 72 mil membros das forças de segurança e colocou outros 30 mil em alerta para proteger as 5 mil seções eleitorais instaladas no Afeganistão.
Os talibãs alertaram que atacariam os envolvidos no processo eleitoral, usando todo e qualquer meio à sua disposição. O vice-ministro do Interior, general Khushal Sadat, pediu aos afegãos que exerçam seu direito democrático.
Cerca de 9,6 milhões de afegãos estão aptos a votar na eleição presidencial, sendo um terço desses eleitores composto por mulheres. No entanto, espera-se uma baixa participação eleitoral devido ao alerta de especialistas sobre fraudes generalizadas e temores de segurança.
Dezoito candidatos foram registrados para concorrer à presidência, sendo os dois favoritos o atual presidente Ashraf Ghani e seu chefe de governo Abdullah Abdullah.
O presidente do Afeganistão será eleito num sistema de dois turnos, caso nenhum candidato consiga 50% dos votos neste sábado. Todos os candidatos concordam que o seu maior desafio, caso vençam, será negociar um cessar-fogo com os talibãs, num conflito que já dura 18 anos.
O anúncio dos resultados preliminares do primeiro turno não deverá ser anunciado antes de 17 de outubro e os resultados finais, antes de 7 de novembro.
Na última década, nenhuma eleição no Afeganistão terminou sem registrar dezenas de mortes e acusações de fraude. Segundo observadores, a eleição deste sábado não deverá ser diferente.
CA/dpa/ap/afp/lusa/cp
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