
Numa das primeiras reações dos responsáveis pelas altas instituições francesas, o presidente da Assembleia Nacional, Richard Ferrand, disse que Chirac "faz parte da história da França". A Assembleia Nacional e o Senado da França fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao ex-governante.
O conservador Chirac é lembrado internacionalmente por ter se oposto à invasão do Iraque comandada pelos EUA em 2003. Chirac manteve sua política externa de uma França independente, na tradição de Charles de Gaulle. Em seu país, talvez o seu maior legado tenha sido o reconhecimento, pela primeira vez, do papel do Estado francês na perseguição e prisão de judeus em campos de extermínio nazistas durante a Segunda Guerra.
No entanto, Chirac também entrará nos livros de história por se tornar, em 2011, o primeiro ex-chefe de Estado a ser condenado na França do pós-guerra. Aos 79 anos, foi considerado culpado pela Justiça francesa das acusações de "desvio de fundos públicos", "abuso de confiança" e "tomada ilegal de interesses".
Ele foi condenado a dois anos em liberdade condicional por sua participação num esquema de empregos falsos em seu tempo como prefeito de Paris, na década de 1990. O político conservador usou dinheiro público para o pagamento de 28 funcionários que não trabalhavam para a administração pública. Os funcionários teriam trabalhado, na realidade, para o partido de Chirac.
O antigo mandatário, nascido em Paris, em 29 de novembro de 1932, estudou no Instituto de Estudos Políticos da capital francesa (Sciences Po). Na juventude, esteve ligado a socialistas e comunistas, mas logo rumou para a direita, sendo durante décadas, um dos principais líderes conservadores franceses.
MD/dpa/rtr/efe/cp
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