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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

"Ciberataques do Irã mantêm EUA sob alerta"

Tela de laptop negra com fileiras de zeros e unsCresce temor de que hackers ligados a Teerã afetem sistemas americanos e de seus aliados ocidentais para vingar a morte de general iraniano. País desenvolveu capacidades cibernéticas avançadas nos últimos anos. Um dia após os ataques aéreos dos EUA matarem o general iraniano Qassim Soleimani, o Departamento de Segurança Interna americano emitiu um aviso contra possíveis ataques cibernéticos pelo Irã e seus representantes. "O Irã mantém um programa cibernético robusto e pode executar ataques cibernéticos contra os Estados Unidos", dizia o comunicado. "O Irã é capaz de, no mínimo, realizar ataques com efeitos disruptivos temporários contra infraestrutura crítica nos Estados Unidos."
As autoridades pediram aos cidadãos que se preparassem para "interrupções cibernéticas, e-mails suspeitos e atrasos na rede".
Horas depois do boletim, um site do governo federal americano foi invadido por hackers supostamente conectados ao Irã, que o desfiguraram com uma foto montada do presidente Donald Trump recebendo um soco na cara e uma homenagem ao general morto, que liderava a Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã..
"Hackeado pelos hackers do Grupo de Cibersegurança do Irã. Isso é apenas uma pequena parte da capacidade cibernética do Irã! Estamos sempre prontos", escreveram os hackers.
Ainda não há informação sobre se os hackers estavam vinculados ao Irã, mas o ataque ao site dos EUA foi consistente com intrusões semelhantes no passado realizadas por hackers iranianos. O momento do ataque, no entanto, assustou os especialistas.O Irã prometeu uma "forte vingança" após o assassinato de Soleimani, e espera-se que a guerra cibernética seja um componente importante dessa retaliação. "Não acho que o Irã usaria ataques cibernéticos como o principal mecanismo de vingança, mas como parte do pacote mais amplo de vingança", disse à DW o ex-funcionário da inteligência militar britânica Philip Ingram. "A questão não é se, mas, com certeza, quando isso ocorrerá."
Exército cibernético sofisticado
É fato conhecido que o Irã desenvolveu capacidades cibernéticas avançadas em resposta ao ataque do vírus Stuxnet de 2010 a uma instalação nuclear iraniana. Acredita-se que o ataque tenha sido realizado pelos EUA e Israel para inviabilizar as ambições nucleares de Teerã.
Desde então, o governo de Teerã tem sido acusado de lançar ciberataques sofisticados e disruptivos contra seus rivais. O mais notável deles foi um ataque à estatal saudita Saudi Aramco, em 2017. O atentado com malware forçou a empresa a substituir completamente a rede e todo o hardware que estava conectado nela.
Os hackers ligados ao Irã também foram conectados a ataques cibernéticos a infraestrutura crítica, grandes bancos e instituições acadêmicas nos Estados Unidos, incluindo um em que hackers violaram os sistemas de uma barragem nos arredores de Nova York.
"O Irã desenvolveu, sob o comando de Soleimani, temos que lembrar, capacidades cibernéticas sofisticadas nos últimos anos, para compensar a fraca força militar convencional do país e preparar o Irã para represálias indiretas", sublinha Yana Popkostova, diretora do Centro Europeu de Energia e Análise Geopolítica.
Popkostova acredita, entretanto, que o Irã tentará evitar um confronto militar direto ou uma guerra cibernética patrocinada pelo Estado.
"Embora os ataques cibernéticos venham a ser usados com certeza, eles deverão ser feitos por meio de um proxy, permitindo, assim, a possibilidade de desmentidos plausíveis em nome do Estado", explica.
Jens Monrad, chefe de inteligência para o Oriente Médio da firma de segurança cibernética FireEye, não espera um ataque cibernético destrutivo iminente pelo Irã em infraestrutura crítica dos EUA. Ele diz que esses ataques exigem muito planejamento e preparação."Não prevejo necessariamente que o Irã seja capaz de, digamos, apertar um botão vermelho hoje e depois realizar esse ataque", pondera. "É mais provável que vejamos tentativas de realizar campanhas de espionagem contra operações e organizações militares e governamentais, tanto para aprender sobre políticas em andamento quanto para obter informações confidenciais relacionadas a ataques futuros."
Embora as capacidades cibernéticas do Irã tenham percorrido um longo caminho desde o ataque do Stuxnet, elas ainda não se equiparam às proezas cibernéticas de países como EUA, China, Rússia e Israel.
"Eu colocaria a Rússia e a China num primeiro grupo, e quando falamos de capacidades das nações ocidentais, num primeiro nível estariam EUA, o Reino Unido e Israel", avalia Ingram. "O Irã está um pouco atrás deles, principalmente porque está sofrendo muitas sanções. É mais difícil treinar seu pessoal nas melhores instituições acadêmicas, obter as tecnologias e tudo o mais que eles precisam. Mas eles não estão completamente isolados."
Vulnerabilidades dos EUA
Especialistas dizem que o Irã pode potencialmente compensar suas deficiências ao lançar ataques cibernéticos em coordenação com a Rússia, sua aliada próxima.
"Há uma relação cada vez mais estreita entre eles", diz Ingram. "A Rússia tem uma campanha cibernética ativa e agressiva e ampla que está por aí. Se eles pudessem usar o Irã como um veículo que possa ser desmentido plausivelmente para ataques russos em diferentes lugares ou usar a influência russa para obter acesso a mais petróleo iraniano e outras coisas, acho que isso é algo possível, se não provável."
Atingidos por ataques passados, os EUA construíram, ao longo dos anos, uma defesa robusta contra hackers que buscam atingir infraestrutura crítica. O país aumentou os recursos de detecção de ameaças, garantiu um melhor compartilhamento de informações com aqueles que gerenciam infraestruturas críticas e fortaleceu a colaboração entre profissionais de segurança privados e governamentais.
Mas uma maior dependência da internet para administrar tudo, desde barragens a mercados financeiros, torna os EUA mais vulneráveis a um ataque cibernético do que o Irã, que ainda tem a capacidade de trabalhar com seus sistemas antiquados.
Entretanto, Ingram acredita que governos e organizações podem se defender desses ataques. "Acho que existem planos robustos para garantir que, se elementos forem danificados por ataques cibernéticos, esses danos possam ser mitigados rapidamente."
Ashutosh Pandey (md)Caminho Político

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